BANCÁRIOS ENTRAM EM GREVE,E AGÊNCIAS AMNHECEM COM ADESIVOS

Até as 22h desta segunda, 20 estados haviam confirmado adesão à greve,
além do Distrito Federal: Acre, Amapá, Alagoas, Bahia, Ceará, Espírito
Santo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Maranhão, Minas Gerais, Paraíba,
Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Rondônia,
Santa Catarina, São Paulo, Sergipe. (Veja abaixo como está a adesão à
greve nos estados)
Em Sergipe, o único banco que não está participando do movimento grevista é o Banese. Os trabalhadores da instituição decidiram aceitar a proposta feita pelos banqueiros. Com isso, as agências do banco estadual estarão funcionando normalmente. O presidente do Sindicato dos Bancários de Sergipe (Seeb/SE), José Souza, diz que ainda não é possível calcular qual o quantitativo de adesão do movimento nas demais instituições financeiras.
“É muito difícil que se tenha 100% de adesão logo no primeiro dia. Por
isso, nos concentraremos essa manhã em instalar a greve. Iremos à porta
das agências do Centro Comercial de Aracaju para informar a população
sobre o movimento”, afirma o sindicalista.
Bancários de bancos públicos e privados de todas as regiões do Paraná
decidiram aderir à greve nacional da categoria. Com isso, várias
agências ficarão fechadas em todo o estado. A paralisação, segundo o
Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região Metropolitana, é por tempo
indeterminado.
O Sindicato dos Bancários do Ceará
informou, nesta terça-feira (30), que a greve deve ser “forte” em
Fortaleza e no interior do estado. “Nosso objetivo é que seja forte e
rápida para minimizar os danos para a população”, disse o diretor
executivo do sindicato, Clércio Morse, que espera dar celeridade as
negociações com o movimento grevista.
Em Santarém, no Pará,
segundo o sindicato que representa a categoria, os funcionários de
bancos públicos e privados vão aderir ao movimento grevista.
“Como a categoria bancária tem a consciência coletiva, todas as
agências serão paralisadas. O que vai ficar funcionando são somente os
auto atendimentos de todas as agências. Tanto o banco público quanto o
banco privado vai ser paralisado. Temos orientação do nosso comando
nacional para que todos os bancos sejam paralisados”, informou o
diretor do Sindicato dos Bancários em Santarém, Joacir Pereira.
Na Paraíba,
pelo menos 160 agências bancárias, integrantes da base do sindicato,
vão parar por tempo indeterminado, segundo o presidente do Sindicato dos
Bancários da Paraíba, Marcos Henriques.
Marcos Henriques garantiu que os bancários vão manter o serviço de
compensação de cheques e o abastecimento dos caixas eletrônicos. “O
autoatendimento vai ficar aberto para saques. Hoje, 86% dos serviços são
feitos no autoatendimento”, comentou.
Os bancários de Mato Grosso
também entram em greve na manhã desta terça-feira (30) e o atendimento
interno nas agências deverá permanecer interrompido por tempo
indeterminado, de acordo com o Sindicato dos Bancários do estado
(SEEB-MT).
Segundo José Guerra, presidente do Sindicato, atualmente o estado
possui seis mil bancários e 360 agências, sendo que a maioria delas não
deve abrir durante a greve. Para quem está preocupado com o vencimento
das contas, uma dica do sindicato é que elas podem ser pagas pela
internet, casas lotéricas, além de supermercado e agências dos correios.
Os servidores bancários de Roraima
rejeitaram a proposta de aumento de 7,35% nas verbas salariais e 8% no
piso salarial oferecida pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban). De
acordo com o presidente do Sindicato dos Bancários do estado Adalton
Andrade, a proposta é considerada insuficiente.
"Com o aumento oferecido na proposta, não dá para negociarmos",
salientou o presidente do Sindicato, acrescentando que a greve atinge
todas as agências do estado, sendo que 30% dos serviços continuam sendo
oferecidos, conforme a legislação.
Os bancários do Estado do Maranhão
também entraram em greve. A categoria aderiu à greve nacional dos
bancários, que reivindica, dentre outros pontos, reajuste salarial de
35%, reposição das perdas salariais, contratação de mais bancários, fim
das demissões imotivadas e isonomia.
“A greve é em todo território nacional, com previsão de adesão de todas
as agências no Maranhão. O grau de adesão vai depender da mobilização
dos bancários. Fizemos assembleia ainda há pouco, que apenas ratificou a
do dia 25, em que julgamos insuficiente a proposta apresentada. Toda a
categoria deve suspender as atividades”, disse o presidente do Seeb-MA,
José Maria Nascimento.
Quem procurou as agências bancárias do Acre
se deparou com adesivos de "greve bancária" afixados nas entradas das
instituições. A categoria decidiu, em assembleia no dia 25, aderir ao
movimento nacional que pede reajuste salarial de 12,5%, aumento do piso
de R$ 1.940 para R$ 2.979,25, reposição das perdas salariais, combate ao
assédio moral, fim das metas abusivas e fim de demissões sem motivos.
Segundo o presidente do Sindicato dos Bancários do Acre, Edmar
Batistela, a proposta da Fenaban é um "abuso" e não atende às
reivindicações da categoria. "Essa proposta é um abuso, eles exigem um
lucro de pelo menos 25% por ano nos seus resultados e na hora de
oferecer aumento salarial apresentam esse valor. Essa greve é por tempo
indeterminado até que eles tragam uma proposta digna para negociação",
diz.
O que para e o que funciona
Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT, informou que a greve será iniciada apenas em agências bancárias. Caixas eletrônicos, serviços de teleatendimento e centros administrativos continuam funcionando.
Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT, informou que a greve será iniciada apenas em agências bancárias. Caixas eletrônicos, serviços de teleatendimento e centros administrativos continuam funcionando.
Porém, segundo Cordeiro, existe a possibilidade de estender a greve a
outros setores se as negociações com a Federação Nacional dos Bancos
(Fenaban) demorarem. "A nossa greve sempre começa pelas agências
bancárias. A cada dia que passa que isso [acordo entre a categoria e os
bancos] não ocorre, a greve tende a crescer e atingir setores mais
estratégicos", diz Cordeiro.
Reivindicações dos bancários
Os trabalhadores que decidiram pela greve pedem reajuste salarial de 12,5%, além de piso salarial de R$ 2.979,25, PLR de três salários mais parcela adicional de R$ 6.247 e 14º salário. A categoria também pede aumento nos valores de benefícios como vale refeição, auxílio creche, gratificação de caixa, entre outros.
Os trabalhadores que decidiram pela greve pedem reajuste salarial de 12,5%, além de piso salarial de R$ 2.979,25, PLR de três salários mais parcela adicional de R$ 6.247 e 14º salário. A categoria também pede aumento nos valores de benefícios como vale refeição, auxílio creche, gratificação de caixa, entre outros.
Além do aumento de salário e benefícios, os bancários também pedem
melhores condições de trabalho com o fim de metas consideradas abusivas,
combate ao assédio moral, igualdade de oportunidades, entre outras
demandas.
No sábado (27), o Comando Nacional dos Bancários confirmou o indicativo de greve
mesmo após uma nova proposta da Federação Nacional dos Bancos
(Fenaban). As instituições financeiras elevaram o reajuste de 7% a 7,35%
para os salários, enquanto o aumento no piso da categoria foi de 7,5%
para 8%. No entanto, os novos índices foram considerados insuficientes
pelos bancários em reunião realizada em São Paulo.
Em 2013, os trabalhadores do setor promoveram uma greve de 23 dias, que
foi encerrada após os bancos oferecerem reajuste de 8%, com ganho real
de 1,82%. A duração da greve na época fez a Confederação Nacional de
Dirigentes Lojistas (CNDL) pedir um acordo para o fim da paralisação,
temendo perdas de até 30% nas vendas do varejo do início de outubro.
G1
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