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CRISE: PRESIDENTE DAS LOJAS AMERICANAS REVELA TER DESCOBERTO ROMBO DE R$ 20 BILHÕES E RENUNCIA


O número, para se ter ideia da gravidade, é maior que o patrimônio líquido da companhia registrado ao fim de setembro, pouco abaixo de R$ 15 bilhões.

Ontem (11), no início da noite, o mercado financeiro nacional foi surpreendido com uma informação inacreditável: a rede de lojas Americanas, uma das gigantes do comércio varejista brasileiro, divulgou um Fato Relevante, anunciando que descobriu um rombo de R$ 20 bilhões em suas contas. O comunicado, assinado pelo presidente executivo da empresa, Sérgio Rial, que estava no cargo havia apenas 15 dias, afirma que foram detectadas “inconsistências contábeis” ligadas a contas de fornecedores. Sérgio Rial renunciou à presidência da empresa.

“No Brasil, até o passado é incerto.” A frase do ex-ministro da Fazenda Pedro Malan já virou ‘meme’ sobre o fato relevante divulgado pela Americanas (AMER3) no início da noite de ontem, dia 11. É o eterno hábito do brasileiro de fazer piada com tudo, inclusive com coisas sérias, sérissimas. Sérgio Rial, ex-presidente do Santander Brasil, assumiu como presidente de uma das mais antigas redes de varejo, com quase 100 anos, no dia 2 de janeiro. Passados nove dias, a companhia anunciou que foram encontradas inconsistências contábeis estimadas em R$ 20 bilhões, na conta de fornecedores. Ou seja, foram subregistrados esses cifrões nos balanços dos últimos anos, inclusive em 2022.

Rial renunciou à posição imediatamente. André Covre, que assumiu como CFO, também. O número, para se ter ideia da gravidade, é maior que o patrimônio líquido da companhia registrado ao fim de setembro, pouco abaixo de R$ 15 bilhões. É como dizer que caiu uma bomba no mercado brasileiro e também na história dos empreendedores. Se confirmado, o escândalo poderá ser o maior de uma companhia privada brasileira. Sim, é desse tamanho. E numa empresa fundada em 1.929. Quem já viveu ou acompanhou algo desse tipo não acredita que a descoberta ocorreu nesses nove dias. A aposta é que Rial, ao aceitar a proposta de Beto Sicupira, Marcel Telles e Jorge Paulo Lemann, para comandar a Americanas, pediu uma auditoria externa, cujo trabalho teria ficado pronto agora, no começo de 2023.

A auditoria independente da própria companhia, a PwC, não havia apontado nenhum problema nos balanços, cuja análise não continha nem ressalva, nem ênfase, conforme a EXAME apontou ainda ontem. Quem conhece Rial sabe de seus cuidados e de sua percepção de que todos aqueles que são pagos pela empresa e que se reportam ao CEO ‘filtram’ as informações. “Todo mundo quer ver CEO feliz”, costuma dizer ele, daquele jeito de quem fala a verdade com irreverência. Seja como for, ele gosta de garantir seus caminhos para concluir tudo por si próprio. O que o EXAME IN apurou é que decisão da saída imediata de Rial e Covre foi tomada de comum acordo com os acionistas de referência. O que se confirma com o fato de que Rial atuará como assessor dos acionistas para essa situação.

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