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MULTINACIONAIS QUE FECHARAM FÁBRICAS NO BRASIL: 5 CASOS INCLUINDO A DA FORD


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No último dia 11, a Ford anunciou que não produzirá mais veículos no Brasil. De agora em diante, a empresa atuará como importadora, comercializando produtos originários de Argentina, Uruguai, China e Estados Unidos. O fechamento das fábricas da empresa resultou na perda de aproximadamente 5.000 empregos diretos.
Esse anúncio remonta a acontecimentos semelhantes que ocorreram no passado. Afinal, tal como a Ford, outras multinacionais também fecharam fábricas instaladas no Brasil, com resultados parecidos. Alguns casos foram até mais delicados, pois as empresas simplesmente extinguiram todas as operações no país, deixando, inclusive, consumidores sem assistência.
Frente ao anúncio da Ford, o AutoPapo, então, relembra os casos de 5 multinacionais que desativaram suas fábricas no Brasil. Em comum, todos renderam polêmica e geraram um misto de revolta e de saudosismo nos consumidores. Confira o listão!
RELEMBRE 5 MULTINACIONAIS QUE FECHARAM FÁBRICAS NO BRASIL, INCLUINDO A FORD
1. CHRYSLER

O caso da Chrysler é um dos mais conturbados da indústria automobilística nacional. Afinal, a multinacional fechou plantas no país não apenas uma, mas duas vezes. O início das operações no Brasil remonta a 1967, quando a empresa adquiriu as instalações da francesa Simca, incluindo a fábrica localizada em São Bernardo do Campo (SP), mesmo município onde, coincidentemente, a Ford também operou.
Inicialmente, a Chrysler remodelou o sedã Chambord, da Simca, e lançou uma linha composta pelos modelos Esplanada e Regente. Porém, já a partir de 1969, começava a produzir por aqui uma gama própria, formada por modelos como Dart, Charger, D100 e Polara, entre outros. O declínio do fabricante começa em meados dos anos 70, causado, em especial, pelas crises do petróleo.
Em 1979, com vendas em baixa, a Chrysler vende suas operações no Brasil para a Volkswagen. Interessada no know-how da concorrente estadunidense no segmento de caminhões, a empresa de origem alemã mantém a linha de automóveis somente até 1981. A fábrica de São Bernardo do Campo produziu veículos pesados por mais algum tempo até ser fechada, ainda naquela década.
Um retorno ao Brasil foi tentado anos depois. Em 1998, a empresa começou a montar a picape Dakota em uma nova fábrica em Campo Largo (PR). Entretanto, essa unidade industrial encerrou as atividades precocemente, em 2001. O imóvel foi repassado à empresa Tecomseh, que passou a utilizá-lo para produzir pequenos motores a combustão, destinados a exportação.
Contudo, a história ainda teria mais um retorno ao país, já pelas mãos da FCA (Fiat Chrysler Automobiles), que recentemente uniu-se ao Grupo PSA, criando a Stellantis. Em uma nova fábrica erguida em Goiana (PE), são produzidos, desde 2015, veículos da marca Jeep.
2. ALFA ROMEO

A história da Alfa Romeo no Brasil começa em 1968, quando a multinacional italiana adquire Fábrica Nacional de Motores (FNM), durante um processo no qual a estatal brasileira foi privatizada pelo regime militar. O negócio incluiu a fábrica da empresa, localizada em Xerém, distrito de Duque de Caxias (RJ).
Na fábrica fluminense, foram produzidos os sedãs 2.000, 2.150 e, finalmente, o 2.300, este último desenvolvido especificamente para o mercado brasileiro. Porém, já em 1978, a Alfa Romeo repassou as operações brasileiras para a Fiat. Vale lembrar que, em âmbito global, as duas empresas permaneceram independentes por mais algum tempo, passando a integrar o mesmo grupo apenas em 1987.
A Fiat logo tratou de transferir as operações de Xerém para a fábrica de Betim (MG). Em 1986, porém, o sedã 2.300 deixava de ser produzido na planta mineira. A unidade fluminense acabou sendo ocupada pela encarroçadora Ciferal. Já a Alfa Romeo voltou a atuar no país em 1990, mas apenas como importadora, até abandonar novamente o mercado brasileiro em 2006.
3. MERCEDES-BENZ

Outra multinacional que tem uma história tortuosa no Brasil é a Mercedes-Benz, ao menos como fabricante de automóveis: afinal, a empresa também produz veículos pesados e, nesse segmento, sempre teve operações sólidas no país.
A primeira investida da Mercedes começa em 1999, quando a multinacional inaugurou uma fábrica em Juiz de Fora (MG), destinada ao compacto Classe A. O modelo, porém, teve pouca aceitação e saiu de linha já em 2005. A planta mineira não foi fechada, mas opera com baixos volumes. Desde então, a unidade já montou modelos Classe C e caminhões. Atualmente, produz apenas cabines e tem futuro incerto.
A Mercedes-Benz ainda voltou a atuar como fabricante de automóveis no país. Em 2016, começou a montar os modelos Classe C e GLA em uma nova planta, instalada em Iracemápolis (SP). Entretanto, a unidade paulista teve vida muito curta: fechou as portas em dezembro de 2020. Desde então, a empresa alemã produz nacionalmente apenas veículos pesados, mas segue importando carros de passeio.
4. MAHINDRA

A indiana Mahindra é praticamente desconhecida no Brasil, apesar de ter relevância na Ásia e de atuar inclusive nos Estados Unidos. Muitos nem sabem que veículos da marca já foram montados no país: isso ocorreu entre 2007 e 2015, em uma fábrica no polo de Manaus (AM).
Na verdade, tal negócio foi viabilizado graças a uma parceria com a Bramont, uma empresa brasileira que representava a Mahindra. O caso é que a colaboração não deu certo: a planta amazonense produziu veículos utilitários, como Pik-Up e o M.O.V. (um SUV inicialmente batizado de Scorpio), mas nunca atingiu a capacidade pretendida.
Após uma série de dificuldades, a fábrica de Manaus passou a ser operada, em 2011 pela chilena Minvest, mas acabou desativada quatro anos depois. Por sua vez, a Mahindra não se interessou em assumir as operações locais: a marca simplesmente deixou o mercado de veículos. Contudo, ainda atua no país nos segmentos de tratores e máquinas agrícolas.
FORD: A ÚLTIMA MULTINACIONAL A FECHAR FÁBRICAS NO BRASIL

A história da Ford no Brasil é centenária: começa em 1919, coma montagem do modelo “T” em esquema CKD (Completely Knocked Down, com todas as peças importadas) no bairro Bom Retiro, em São Paulo. Em 1953, as operações foram transferidas para um imóvel no Ipiranga, também na capital paulista. Lá começou, propriamente, a fabricação veículos da marca no país, com componentes locais: o primeiro nacional foi o caminhão F-600.
A unidade do Ipiranga logo passou a produzir a picape F-100, mas primeiro automóvel nacional da Ford foi lançado somente em 1967. O modelo marcou época: era o luxuoso Galaxie. Naquele mesmo ano, a empresa deu um salto no mercado ao adquirir a fábrica da Willys Overland em São Bernardo do Campo (SP). Em 1968, a unidade do ABC paulista começou a produzir o Corcel, que obteve grande sucesso comercial.
Em 1974, a multinacional inaugurava sua terceira planta no país, em Taubaté (SP), para manufaturar motores. Entre 1987 e 1996, a Ford associou-se à Volkswagen, originando a Auto Latina. Durante esse período, alguns modelos da marca alemã foram produzidos pela sócia estadunidense, e vice-versa. No ano 2000, a empresa transferiu a operação de caminhões para São Bernardo do Campo e fechou a fábrica do Ipiranga.
Todavia, a Ford já estava construindo um novo complexo industrial no Brasil, em Camaçari (BA). Inaugurada no ano seguinte, a unidade baiana passou a produzir a gama Fiesta e, a partir de 2003, também o EcoSport. O declínio da empresa como fabricante de veículos no país começa em 2019, com o fechamento da planta de São Bernardo do Campo. Com essa medida, saíram de linha o Fiesta e todos os veículos pesados da marca.
Agora, em janeiro deste ano, Ka e EcoSport, os últimos modelos nacionais da marca, saíram de linha, selando o destino das unidades de Taubaté e de Camaçari. A Troller, comprada pela multinacional em 2007, segue em operação até o fim de 2021 e só será salva da extinção se for adquirida por outro grupo empresarial. É o fim da trajetória da Ford como fabricante de veículos no Brasil.
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(Fonte: AutopapoUol)

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