Pesquisa XP/Ipespe divulgada nesta segunda-feira (8), mostra tendência de queda na aprovação de Jair Bolsonaro, especialmente entre os mais pobres. Em apenas dois meses, a avaliação positiva do governo (ótimo/bom) recuou 8 pontos percentuais, de 38% para 30%. E a avaliação negativa (ruim/péssimo) subiu de 35% para 42%. A piora é acentuada no grupo com renda familiar mensal de até 2 salários mínimos (45%). Outros 25% consideram o governo regular, enquanto 3% não responderam. A rejeição ao governo Bolsonaro também cresceu de forma expressiva, entre janeiro e fevereiro, nas regiões Norte e Centro-oeste (de 32% para 40%) e Nordeste (de 43% para 48%), sobretudo nas periferias (de 46% para 56%). Em contraste, a aprovação do presidente cresceu na região Sul (de 31% para 35%). A pesquisa XP/Ipespe foi realizada no período de 2 a 4 de fevereiro e ouviu 1.000 eleitores de todas as regiões do Brasil por meio de entrevistas telefônicas conduzidas por operadores. A margem máxima de erro é de 3,2 pontos percentuais para cima ou para baixo. O levantamento também mostra que piorou a expectativa dos eleitores com relação aos próximos meses do governo. Para 42%, o restante do mandato de Bolsonaro deverá ser ruim ou péssimo – um salto de 9 p.p. em dois meses. Já os que esperam um restante de gestão positivo foram de 40% em dezembro para 34% em fevereiro. Também cresceu entre os eleitores a percepção de piora no horizonte para o combate à corrupção. Na avaliação de 48%, os crimes de colarinho branco terão aumentado nos próximos seis meses. É o maior patamar registrado durante o atual governo. Quatro meses atrás, o grupo somava 40%. No primeiro mês de mandato, eram 17%. Do ponto de vista econômico, 30% dos entrevistados acreditam que o Brasil está no caminho certo – queda de 9 p.p. em dois meses. Já os que veem o país no caminho errado foi de 50% para 57%, voltando ao maior patamar já registrado. Segundo o levantamento, 31% acreditam que suas dívidas irão aumentar nos próximos 180 dias, mas 60% veem altas chances de manter o emprego no período. O levantamento mostra que houve piora residual na avaliação da atuação de Bolsonaro no combate à pandemia do novo coronavírus. Oscilou de 52% para 53% o grupo dos que a veem como ruim ou péssima – percentual que cresce desde outubro (47%). A avaliação positiva de Bolsonaro no combate à pandemia (22%) é pior que a de governadores (39%) e que a de prefeitos (41%). Em relação ao momento da pandemia, há uma percepção mais otimista da população. De janeiro para cá, aumentou de 36% para 44% o grupo dos que dizem que o pior já passou. Segundo o levantamento, 47% ainda acham que o pior está por vir. Também caiu o percentual dos que dizem estar com muito medo da doença. O grupo, que saiu de 28% em outubro para 42% em janeiro, agora reúne 39% dos entrevistados. Outros 36% dizem estar com um pouco de medo, ao passo que 24% não manifestaram preocupação. Sobre a imunização, passou de 69% para 77% o grupo dos que dizem que com certeza irão se vacinar. Deles, apenas 25% acreditam que serão vacinados no primeiro semestre. Outros 40% acreditam que isso só ocorrerá na segunda metade do ano, enquanto 29%, apenas no ano que vem. A imagem do Congresso Nacional junto aos eleitores segue arranhada. De acordo com o levantamento, 44% avaliam o parlamento como ruim ou péssimo, contra apenas 11% que o consideram ótimo ou bom. A pesquisa, realizada poucos dias após a eleição de Arthur Lira (PP-AL) para a presidência da Câmara dos Deputados, e Rodrigo Pacheco (DEM-MG) para o comando do Senado Federal, também mostra um crescimento tanto nas expectativas positivas quanto negativas quanto ao desempenho do Poder Legislativo nos próximos meses: 30% e 23%, respectivamente. Para 44%, a relação dos novos comandantes das duas casas legislativas – formalmente apoiados pelo Palácio do Planalto nas eleições – e o presidente Jair Bolsonaro será positiva. Apenas 12% esperam um clima negativo entre as partes. MORO VENCE BOLSONARO - A nova pesquisa XP/Ipespe também sondou os cenários eleitorais de 2022. No geral, Jair Bolsonaro segue na frente com 22% das intenções espontâneas de voto, seguido de Sergio Moro com 12%. Fernando Haddad também tem 12%, Ciro Gomes aparece logo atrás com 11%. Depois aparecem Luciano Huck (7%), Guilherme Boulos (6%), João Doria (4%), João Amoedo (3%) e Henrique Mandetta (3%). Num eventual segundo turno, Sergio Moro bate Jair Bolsonaro (36% x 32%) e Fernando Haddad (43% x 29%). Sem Moro, Bolsonaro ganha de todos os candidatos de esquerda. Por Rede Brasil de Notícias
SEM AUXÍLIO,APROVAÇÃO DE BOLSONARO DESPENCA. MORO VENCE
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fevereiro 08, 2021
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