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ALTA NO PREÇO BUTIJÃO DE GÁS FAZ COM QUE FAMÍLIAS RECORREREM A FOGÃO A LENHA


Queda da renda direcionou consumidores a uma escolha cruel: comprar comida ou o gás para preparar refeições.

Com a alta de preço do gás de cozinha, famílias carentes passaram a ter mais um impedimento para garantir uma alimentação adequada, dentro dos parâmetros segurança alimentar. A situação se agravou ainda mais com a pandemia, quando muitos baianos perderam renda por causa da crise econômica gerada pela crise sanitária.

A queda da renda direcionou as pessoas mais pobres a fazerem uma escolha, no mínimo, cruel: comprar comida ou o gás para o preparo das refeições. A saída para conseguir comer foi cozinhar a lenha, como explica a dona de casa Rosane Pereira.

Moradora do bairro de Areia Branca, em Lauro de Freitas, cidade da Região Metropolitana de Salvador, Rosane tem cinco filhos. O marido dela está desempregado, mas faz pequenos serviços para contribuir no sustento da família.

Rosane é beneficiária do Auxílio Brasil e recebe R$ 400 mensais. Com renda reduzida, ela e os filhos vão ao Centro de Abastecimento, todas terças e quintas-feiras, com um balde, para pegar alimentos descartados, além de pedaços de madeira, para montar fogão a lenha.

A casa dela fica a 400 metros de uma revendedora de gás, onde o preço botijão aumentou R$ 5 há um mês. Para quem compra na porta, o custo sai a R$ 105 e para levar em casa, chega a R$ 118.

Perto da casa de Rosane fica a comunidade Recanto da Vitória, também em Areia Branca, onde os moradores contam com a ajuda de uma estudante e ativista social. Camila Marques usa as redes sociais para levar ajuda às famílias que mais precisam.

Uma das famílias ajudadas por Camila é a da dona de casa Mainê Bastos, que vive com dois dos seis filhos, e o companheiro. Ela recebe R$ 600 mensais de pensão e mora, há dois anos, em uma casa de madeira e tapume. Para cozinhar refeições, também usa o fogão a lenha.

Mainê tem fogão em casa, mas mesmo que tivesse, não poderia usar gás, já que não tem dinheiro para comprar um botijão. A renda familiar não é suficiente para alimentar a todos.

Fonte: G1

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