TUBERCULOSE PULMONAR , ESSA DOENÇA VEM MATANDO MUITAS PESSOAS NO MUNDO.
TUBERCULOSE PULMONAR
É uma infecção causada por um microorganismo chamado Mycobacterium tuberculosis, também conhecido por bacilo de Koch.
A doença costuma afetar os pulmões mas pode, também, ocorrer em outros órgãos do corpo, mesmo sem causar dano pulmonar.
Esta
doença ocorre em todo mundo. A Organização Mundial de Saúde estimou a
presença de 8 milhões de novos casos de tuberculose ativa no mundo
somente no ano de 1990, com aproximadamente 2,6 milhões de mortes
naquele ano. Com o surgimento da Síndrome da Imunodeficiência Humana
(SIDA) no início da década de 80, o número de casos da doença aumentou
bastante.
A tuberculose é mais comum nas áreas do mundo
onde há muita pobreza, promiscuidade, desnutrição, má condição de
higiene e uma saúde pública deficitária. Os paises com maior incidência
da doença são a Índia, China, Indonésia, Bangladesh, Nigéria, Paquistão,
Filipinas, Congo, Rússia e Brasil.
No Brasil, em 1996, 5.928 mortes foram
oficialmente atribuídas a tuberculose - valor este, certamente,
subestimado. Em 1998, ocorreram no Brasil 51,3 casos de tuberculose para
cada 100 mil habitantes. A situação no norte e nordeste do país é mais
grave, por serem regiões socioeconomicamente desfavorecidas. Esta doença
tem incidência elevada em áreas confinadas como prisões, lares de
idosos e quartéis.
Como se adquire?
Geralmente, pega-se a doença pelo ar
contaminado eliminado pelo indivíduo com a tuberculose nos pulmões. A
pessoa sadia inala gotículas, dispersas no ar, de secreção respiratória
do indivíduo doente. Este, ao tossir, espirrar ou falar, espalha no
ambiente as gotículas contaminadas, que podem sobreviver, dispersas no
ar, por horas, desde que não tenham contato com a luz solar. A pessoa
sadia, respirando no ambiente contaminado, acaba inalando esta
micobactéria que se implantará num local do pulmão. Em poucas semanas,
uma pequena inflamação ocorrerá na zona de implantação. Não é ainda uma
doença. É o primeiro contato do germe com o organismo (primoinfecção).
Depois disso, esta bactéria pode se espalhar e se alojar em vários
locais do corpo.
Se o sistema de defesa do organismo estiver com
uma boa vigilância, na maioria dos casos, a bactéria não causará
doença, ficará sem atividade (período latente). Se, em algum momento da
vida, este sistema de defesa diminuir, a bactéria que estava no período
latente poderá entrar em atividade e vir a causar doença. Mas, também há
a possibilidade da pessoa adquirir a doença no primeiro contato com o
germe.
Então, após a transmissão do bacilo de Koch pela via inalatória, quatro situações podem ocorrer:
1.O indivíduo, através de suas defesas, elimina o bacilo;
2.A bactéria se desenvolve, mas não causa a doença;
3.A tuberculose se desenvolve, causando a doença – chamada de tuberculose primária;
4.A ativação da doença vários anos depois – chamada de tuberculose pós-primária (por reativação endógena).
Existe também a tuberculose pós-primária a
partir de um novo contágio que ocorre, usualmente, por um germe mais
virulento (agressivo).
A contagiosidade da doença depende:
da extensão da doença – por exemplo, pessoas com “cavernas” no pulmão ou nos pulmões, tem maior chance de contaminar outras pessoas. As “cavernas” são lesões como cavidades causadas pelo bacilo da tuberculose no doente. Dentro destas lesões existem muitos bacilos; | |
da liberação de secreções respiratórias no ambiente através do ato de tossir, falar, cantar ou espirrar; | |
das condições do ambiente – locais com pouca luz e mal ventilados favorecem o contágio; | |
do tempo de exposição do indivíduo sadio com o doente. |
Devemos lembrar que a intensidade do contato é
importante. A pessoa de baixa renda que vive no mesmo quarto de uma casa
pequena e mal ventilada com uma pessoa com tuberculose pulmonar, está
mais propensa a adquirir a doença do que outra que tem contato eventual
ou ao ar livre com um doente.
Por outro lado, os bacilos que são depositados
pelo doente em toalhas, roupas, copos, pratos e outros não representam
um risco para transmissão da doença.
Que fatores facilitam o surgimento da doença?
Morar em região de grande prevalência da doença; | |
Ser profissional da área da saúde; | |
Confinamento em asilos, presídios, manicômios ou quartéis; | |
Ser negro – a raça negra parece ser mais suscetível à infecção pelo bacilo da tuberculose; | |
Predisposição genética; | |
Idade avançada; | |
Desnutrição; | |
Alcoolismo; | |
Uso de drogas ilícitas; | |
Uso crônico de medicações como os que transplantados de órgãos usam, como corticóides ou outras que também diminuam a defesa do organismo; | |
Doenças como SIDA, diabete, insuficiência crônica dos rins, silicose (doença crônica pulmonar) ou tumores. |
Tuberculose e AIDS
Desde o seu surgimento no início da década de
80, o vírus da Síndrome da Imunodeficiência Humana (HIV) tornou-se um
dos principais fatores de risco para o desenvolvimento da tuberculose
nas pessoas infectadas (“portadoras”) pelo Mycobacterium tuberculosis. A
chance do indivíduo infectado pelo HIV adoecer de tuberculose é de
aproximadamente 10% ao ano, enquanto que no indivíduo imunocompetente é
de 10% ao longo de toda a sua vida.
No Brasil, conforme a faixa etária, a co-infecção tuberculose-HIV pode chegar até em torno de 25%.
Quais são os sinais e sintomas?
tosse persistente que pode estar associada à produção de escarro | |
pode ter sangue no escarro ou tosse com sangue puro | |
febre | |
suor excessivo à noite | |
perda de peso | |
perda do apetite | |
fraqueza |
Como o médico faz o diagnóstico?
O diagnóstico presuntivo é feito baseado nos
sinais e sintomas relatados pelo paciente, associados a uma radiografia
do tórax que mostre alterações compatíveis com tuberculose pulmonar. O
exame físico pode ser de pouco auxílio para o médico.
Já o diagnóstico de certeza é feito através da
coleta de secreção do pulmão. O escarro (catarro) pode ser coletado (de
preferência, pela manhã) ao tossir. Devem ser avaliadas, inicialmente,
duas amostras colhidas em dias consecutivos. Podem ser necessárias
amostras adicionais para obtenção do diagnóstico. Encontrando o Mycobacterium tuberculosis está confirmada a doença.
Outro teste utilizado é o teste de Mantoux, que
pode auxiliar no diagnóstico da doença. É feito injetando-se
tuberculina (uma substância extraída da bactéria) debaixo da pele. Se,
após 72-96h, houver uma grande reação de pele, significa que pode haver
uma infecção ativa ou uma hipersensibilidade pela vacinação prévia com
BCG feita na infância. Então, este exame não confirma o diagnóstico, mas
pode auxiliar o médico.
Existem outros recursos para a confirmação da
doença. Dentre eles está o aspirado gástrico – é aspirado conteúdo do
estômago à procura do bacilo contido no escarro deglutido. É mais usado
em crianças.
Já a fibrobroncoscopia é muito utilizada nos casos em que não há
expectoração. Neste exame, um aparelho flexível entra no pulmão e coleta
material que deve ser encaminhado para a pesquisa do bacilo da
tuberculose.
Em poucos casos, a biópsia pulmonar, através de cirurgia, pode ser
necessária.
Existem ainda outros métodos diagnósticos para auxiliar o médico como a
PCR (Reação em Cadeia da Polimerase).
Existem marcadores microbiológicos que também podem ajudar. Quando
suspeitamos de tuberculose na pleura (a “capa”do pulmão), além da
biópsia, podemos analisar a ADA (adenosinadeaminase) – uma enzima que
aumenta no liquido pleural nesta situação. Já na meningoencefalite
tuberculosa podemos solicitar a dosagem do ácido tubérculo-esteárico no
liquor (o “líquido da espinha”) para auxiliar no diagnóstico também.
Como se trata?
O tratamento da tuberculose é padronizado no
Brasil. As medicações são distribuídas pelo sistema de saúde, através de
seus postos municipais de atendimento. O tratamento inicial
(preferencial), chama-se RHZ e inclui três medicações: rifampicina(R),
isoniazida(H) e pirazinamida(Z). É muito eficaz. A cura usando o esquema
RHZ por 6 meses, que é preconizado pelo sistema público de saúde,
aproxima-se de 100% quando a medicação é utilizada de forma regular, ou
seja, todos os dias.
Antes da existência de medicamentos efetivos
para o combate da doença, 50% dos indivíduos morriam sem tratamento, 25%
tinham cura espontânea e 25% tornavam-se doentes crônicos.
Conforme o Ministério da Saúde, através do
Programa Nacional de Controle da Tuberculose, o tratamento é
ambulatorial na maioria dos casos – feito com o paciente em casa,
devendo ter a supervisão de um agente comunitário 3 vezes por semana nos
primeiros dois meses de tratamento e depois uma vez por semana até o
final do tratamento. Por outro lado, há situações onde a internação se
faz necessária:
estado geral muito ruim, que não permita o tratamento ambulatorial; | |
meningoencefalite; | |
complicações graves da doença ou necessidade de cirurgia; | |
intolerância às medicações que não conseguiram ser contornadas ambulatorialmente; | |
paciente sem residência fixa ou com situações que aumentem a chance de abandono. |
Esta internação deverá durar somente até a solução
do problema que a motivou. Geralmente, o tratamento dura seis meses,
mas, em casos especiais, pode ser mais longo. Nos primeiros dois meses,
são utilizadas as três medicações juntas. Já nos últimos quatro meses,
são utilizadas a rifampicina associada a isoniazida. O motivo da
utilização de mais de uma medicação contra o mesmo germe é que a taxa de
resistência do microorganismo a este esquema tríplice é baixa. Os
medicamentos agem em lugares diferentes, de maneira sinérgica. No caso
de gestação, o tratamento não deve ser alterado. Deve ser realizado o
esquema RHZ com duração de seis meses.
Dentre os efeitos indesejáveis mais frequentes
causados pelas medicações contra tuberculose estão a náusea, vômitos e
dor abdominal. As pessoas com maior chance de desenvolver alguma
toxicidade com o tratamento são os alcoólatras, os desnutridos, os HIV
positivos, aqueles com doença crônica do fígado, pessoas com mais de 60
anos ou em uso de medicações anticonvulsivantes.
Qualquer
efeito colateral causado pela medicação deverá ser comunicado para o
agente comunitário, médico ou membro da equipe que acompanha o paciente.
Além do esquema de tratamento RHZ, existem outros esquemas (com outras
combinações de medicações) que podem ser utilizados em situações
especiais ou nos casos de falência com o tratamento de primeira linha
(preferencial).
Nos pacientes com insuficiência dos rins, a
dose de alguns medicamentos terá de ser ajustada. Para os diabéticos
dependentes da insulina, o acompanhamento rigoroso dos níveis da glicose
no sangue será importante para um bom desfecho e o tratamento deverá
durar 9 meses. Ajustes também poderão ser necessários naqueles com
doença crônica do fígado.
Como se previne?
Para uma boa prevenção, o mais importante é
detectar e tratar todos os pacientes bacilíferos, ou seja, ttodos
aqueles com o bacilo de Koch nos pulmões.
Para isso, é muito importante um bom sistema
público de controle da doença, para identificar precocemente os doentes,
evitando que novos casos apareçam.
O doente durante as duas primeiras semanas de
tratamento pode contagiar ainda outros indivíduos. Portanto, deve
proteger a boca com a mão ao tossir ou espirrar. Também deverá procurar
não ficar próximo, principalmente em lugares fechados, às pessoas
sadias. Estes são cuidados simples para que a doença não contamine
outros indivíduos.
Outra conduta importante é o
controle dos comunicantes. Comunicantes são aquelas pessoas que têm
contato íntimo com o doente (vivem na mesma casa, por exemplo). Estes
devem ser investigados pelo médico assistente através de exames
solicitados na consulta médica.
Se for indicado, os comunicantes devem iniciar a
quimioprofilaxia, um tratamento feito com isoniazida com o intuito de
prevenir a doença nos comunicantes. Ela é realizada durante seis meses.
Em alguns casos especiais, podem durar mais tempo.
Além disso, a vacinação com BCG no
recém-nascido, protege as crianças e os adultos jovens contra as formas
graves de tuberculose primária como a miliar (disseminada nos pulmões e
outros órgãos) e a meningite tuberculosa. A eficácia da vacina está
entre 75 e 85%.
Perguntas que você pode fazer ao seu médico
Qual a conduta no caso da tuberculose, durante a gravidez?
Como fica a situação do recém-nascido que vive com um adulto com tuberculose?
Os remédios para tuberculose diminuem o efeito do anticoncepcional oral?
Quais são os efeitos colaterais mais freqüentes que podem surgir com o uso dos medicamentos contra tuberculose?
As pessoas com doença crônica do fígado podem fazer o tratamento usual contra tuberculose?ESSA MATERIAL VEM NO BLOG LIBERDADE BOM SUCESSO PELO MOTIVO DE VARIOS CASO DESTA DOENÇA NO NOSSO MUNICIPIO, A SECRETARIA MUNICIPAL DE SAUDE DE IBITIARA, HOSPITAL PADRE ALDO, TODOS NA LUTA CONTRA ESSE MAL QUE VEM MATADO MUITAS PESSOAS NO BRASIL, BAHIA E EM IBITIARA. VEJAS OS CUIDADOS A SER TOMADOS.
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