MORRO DO CHAPEÚ SE PREPARA PARA SER O NOVO POLO VINÍCOLA DA BAHIA
CHAPADA: Morro do Chapéu se prepara para ser o novo polo vinícola da Bahia
Ascom/Seagri

A primeira colheita de uvas da Chapada Diamantina, que serão
transformadas nos primeiros vinhos produzidos em Morro do Chapéu, foi
realizada na manhã desta sexta-feira (31) com a presença do governador
Jaques Wagner e do secretário estadual da Agricultura (Seagri) Eduardo
Salles. A ação aconteceu dois anos depois da assinatura de um convênio
pelo Governo do Estado, Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola
(EBDA), Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa Semiárido) e
Associação de Criadores e Produtores de Morro de Chapéu, para a
avaliação técnica e econômica de videiras viníferas destinadas à
produção de uvas na região. Segundo o secretário Salles, o fato confirma
que o Governo do Estado está dando largos passos para a
agroindustrialização da Chapada Diamantina. Projetos com o mesmo
objetivo estão sendo implantados nos municípios de Mucugê e Rio de
Contas e vão impulsionar o desenvolvimento da economia regional.Variedades de uva
“Este é um momento importante, que abre uma avenida de oportunidades para Morro do Chapéu”, disse o governador Jaques Wagner. Segundo ele, tudo começou a partir de conversa que teve com o francês Christian Jojot, presidente da maior cooperativa de produtores de vinhos da França, na região de Champagne, no dia 8 de agosto de 2009, durante as comemorações do centenário de Morro do Chapéu. “É com muito prazer e emoção que contemplo esse maravilhoso vinhedo”, disse o produtor francês, ao participar da colheita das primeiras uvas. Ao lado dele, o presidente da Vinícola Miolo, Eurico Benedetti, destacou a qualidade do cultivo e afirmou que o experimento já é um sucesso.
“Essa região vai se tornar a Champagne brasileira, com a produção de vinhos de alta qualidade”, prevê Eduardo Salles. O pesquisador da Embrapa, Giuliano Pereira, completou que o vinho produzido em Morro do Chapéu e na Chapada será um dos melhores do Brasil. “Vamos poder compará-lo ao produzido em outras cidades, como Uruguaiana, São Joaquim e Espírito Santo do Pinhal, que são referência em todo o mundo”. As variedades de uvas cultivadas em Morro do Chapéu, [Pinot Noir, Cabernet Sauvignon, Petit Verdot, Tannat, Malbec, Merlot, Syrah, Sauvignon Blanc, Chardonnay e Muscat Petit Grain] foram trazidas da França. São de excelente qualidade e permitem a produção de vinhos de guarda, ou seja, que podem ser consumidos em até 30 anos.
Eduardo Salles avalia ainda que, com a elaboração de vinhos finos, a Chapada Diamantina, além de se tornar referência em todo o mundo, terá forte impulso sócio-econômico. A expectativa do governo é atrair agroindústrias para a região, que possui também forte potencial turístico e hoteleiro, gerando empregos e renda.
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