
A Polícia Civil de
Pernambuco começa a investigar, nesta quarta-feira (31), um suposto
esquema de venda ilegal de bebês pela internet. A página foi criada, em
Pernambuco, no início do mês, no Facebook. Lá, mulheres grávidas
oferecem seus bebês a quem tem vontade de adotar por preços que variam
entre R$ 7 mil e R$ 10 mil. As informações inciais foram levadas à
polícia pelo Ministério Público de Pernambuco. O delegado do
Departamento de Polícia da Criança e do Adolescente (DPCA) do Recife,
designado para o caso, Ademir de Oliveira, contou que uma mulher
interessada na compra trocou e-mails com uma das gestantes. "Soubemos de
uma pessoa, que me parece que queria obter o bebê para adoção. Em certo
momento, a mulher que ofereceu a criança falou em dinheiro, então ela
denunciou", explicou Ademir. O trabalho dos agentes pretende identificar
as pessoas, chegar até elas e até as crianças e observar cada caso de
negociação. A polícia vai analisar os diálogos entre as mães das
crianças e as pessoas que pagariam as recompensas para avaliar se houve
realmente o crime. O delegado informou ainda que o artigo 232 do
Estatuto da Criança e do Adolescente fala que ofertar crianças para
adoção com pagamento ou recompensa penaliza tanto a pessoa que oferece
como quem paga pela criança. "A conduta criminal vem de ambas a partes",
disse.
Ademir alerta à
população que há um procedimento legal e seguro para adotar crianças,
que investiga a vida das famílias em questão e descobre se a pessoa ou
casal pretendendo adotar tem condições de sustentar um bebê. "Quando a
pessoa utiliza um sistema não oficial, ela pode estar negociando com um
pedófilo, um traficante de drogas, de pessoas. Queremos, com essa
investigação, preservar estas crianças", afirmou Ademir. A polícia ainda
não pode afirmar se já houve alguma negociação realizada e concluída
através da página na internet. (G1)
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