
Uma mãe montou uma armadilha para encontrar o homem que telefonava
diariamente e assediava a sua filha de 12 anos no Rio de Janeiro. A
medida foi tomada após a mulher ter procurado a polícia e não ser
atendida. "Procurei a delegacia, procurei a 24ª DP. Eles falaram que era
mais fácil eu trocar a minha linha telefônica. Fui à 26ª DP, eles me
falaram que não podiam fazer nada porque ele não chegou a abusar dela.
Então, fiquei em desespero", contou a mãe ao Bom Dia Rio. "Ele ficava
perguntando se eu estava de camisola, como que eram minhas partes
íntimas, ficava perguntando onde minha mãe estava, onde meu pai estava.
Fiquei com muito medo", relatou a menina sobre uma das ligações
telefônicas recebidas em casa. A mãe, então, passou a atender os
telefonemas fingindo ser a filha e marcou um encontro. "Quando ele
chegou próximo a ela, segurou... ela perguntou: 'é o Bruno, você?' Ele
se identificou como Bruno. Ele foi segurar o braço dela e eu falei: você
solta a minha filha, porque agora eu vou chamar a polícia", contou a
mãe. O homem, identificado como Luiz Felipe de Menezes, 57 anos, foi
agredido por pessoas que estavam no local e acabou preso. Em nota, a
Polícia Civil disse que todos os agentes, mesmo nas delegacias não
especializadas, têm obrigação de fazer o registro de ocorrência. E
quando não houver crime devem direcionar o cidadão ao órgão competente.
De acordo com o comunicado, o atendimento dos policiais procurados pelos
pais da criança não estava de acordo com as diretrizes da instituição.
(JB)
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