HOSPITAL ABRIGA CRIANÇAS TERMINAIS PARA "ACONCHEGO" NO FIM DA VIDA
Aliviar os sintomas de pacientes sem cura. Foi com esse objetivo que o oncologista pediátrico Sidnei Epelman e a psicóloga Claudia Epelman idealizaram o primeiro hospice gratuito do País. Trata-se de uma casa, chamada Hospice Francesco Leonardo Beira, feita para receber crianças com câncer em estágio terminal. O centro de cuidados paliativos foi inaugurado no fim do ano passado, em Itaquera, São Paulo.
Há 30 anos, o médico que trabalha com câncer infantil contou que a experiência profissional provocou a “necessidade de dar mais atenção aos pacientes sem chance de cura”. O objetivo, segundo ele, era criar um espaço com "o aconchego de uma casa" que pudesse receber pacientes terminais sem ter a rotina de um hospital.
— Cerca de 70 a 80% dos casos de câncer infantil têm cura, mas temos que pensar também nos outros 20% que não conseguem se livrar da doença.
O paciente terminal é aquele com diagnóstico de doença grave, crônica e ameaçadora de vida. No caso do câncer, o estágio terminal é quando a doença está avançada e sem perspectiva de cura, com no máximo seis meses de vida.
Desde a abertura do hospice, o local recebeu dois pacientes, um de quatro anos e outro de oito. Infelizmente, o primeiro passou dez dias e o segundo três semanas — ele morreu em fevereiro. O espaço tem capacidade para receber três pacientes ao mesmo tempo com dois acompanhantes cada um.
— Por serem casos terminais, são pacientes que não ficam muito tempo. Geralmente ficam entre um e dois meses, por isso as visitas são liberadas e a rotina não é tão rígida como a de um hospital.
O centro é mantido pelo Tucca (Associação para Crianças e Adolescentes com Câncer), entidade que tem parceria com o Hospital Santa Marcelina, e não tem custo.
Além de receber pacientes com câncer terminal, a Clínica Acallanto, que fica na zona oeste de São Paulo, também recebe pacientes sem cura por causa de outras doenças.
Uma das idealizadoras do projeto, a enfermeira Andreia Canesin trabalhou durante anos em um grande hospital da cidade e conta que percebeu que faltavam leitos este tipo de público.
Segundo ela, devido ao estado de saúde dos pacientes, as famílias chegam frágeis, desorientadas e necessitam de um apoio emocional e psicológico por parte dos profissionais.
—Temos como objetivo prevenir e aliviar o sofrimento do paciente, independente da doença ou do estágio em que ela está. Procuramos também cuidar dos parentes e amigos, que sempre necessitam de algum apoio nessa hora.
Sócia de Andreia e também idealizadora da clínica, Elisângela Ribeiro afirmou que o Brasil ainda "está devendo quando o assunto é o tratamento de pacientes terminais". A falta de estrutura dos hospitais para acomodar as pessoas por tempo indeterminado é um dos principais problemas.
— Pacientes com doenças crônicas ficam internados por muito tempo e a falta de leitos nos hospitais faz com que os médicos deem alta aos pacientes muito cedo. A família desse paciente, muitas vezes, não sabe como agir e a chance de a pessoa voltar ao hospital é muito grande.
Para as idealizadoras, é importante que os familiares saibam quais são as opções na hora de escolher o local em que o paciente será tratado. Desde o tratamento em casa (home care), até a internação em uma clínica ou hospital, o importante é que o parente tenha o que é necessário para oferecer ao enfermo o que ele necessita.
Há 30 anos, o médico que trabalha com câncer infantil contou que a experiência profissional provocou a “necessidade de dar mais atenção aos pacientes sem chance de cura”. O objetivo, segundo ele, era criar um espaço com "o aconchego de uma casa" que pudesse receber pacientes terminais sem ter a rotina de um hospital.
— Cerca de 70 a 80% dos casos de câncer infantil têm cura, mas temos que pensar também nos outros 20% que não conseguem se livrar da doença.
O paciente terminal é aquele com diagnóstico de doença grave, crônica e ameaçadora de vida. No caso do câncer, o estágio terminal é quando a doença está avançada e sem perspectiva de cura, com no máximo seis meses de vida.
Desde a abertura do hospice, o local recebeu dois pacientes, um de quatro anos e outro de oito. Infelizmente, o primeiro passou dez dias e o segundo três semanas — ele morreu em fevereiro. O espaço tem capacidade para receber três pacientes ao mesmo tempo com dois acompanhantes cada um.
— Por serem casos terminais, são pacientes que não ficam muito tempo. Geralmente ficam entre um e dois meses, por isso as visitas são liberadas e a rotina não é tão rígida como a de um hospital.
O centro é mantido pelo Tucca (Associação para Crianças e Adolescentes com Câncer), entidade que tem parceria com o Hospital Santa Marcelina, e não tem custo.
Além de receber pacientes com câncer terminal, a Clínica Acallanto, que fica na zona oeste de São Paulo, também recebe pacientes sem cura por causa de outras doenças.
Uma das idealizadoras do projeto, a enfermeira Andreia Canesin trabalhou durante anos em um grande hospital da cidade e conta que percebeu que faltavam leitos este tipo de público.
Segundo ela, devido ao estado de saúde dos pacientes, as famílias chegam frágeis, desorientadas e necessitam de um apoio emocional e psicológico por parte dos profissionais.
—Temos como objetivo prevenir e aliviar o sofrimento do paciente, independente da doença ou do estágio em que ela está. Procuramos também cuidar dos parentes e amigos, que sempre necessitam de algum apoio nessa hora.
Sócia de Andreia e também idealizadora da clínica, Elisângela Ribeiro afirmou que o Brasil ainda "está devendo quando o assunto é o tratamento de pacientes terminais". A falta de estrutura dos hospitais para acomodar as pessoas por tempo indeterminado é um dos principais problemas.
— Pacientes com doenças crônicas ficam internados por muito tempo e a falta de leitos nos hospitais faz com que os médicos deem alta aos pacientes muito cedo. A família desse paciente, muitas vezes, não sabe como agir e a chance de a pessoa voltar ao hospital é muito grande.
Para as idealizadoras, é importante que os familiares saibam quais são as opções na hora de escolher o local em que o paciente será tratado. Desde o tratamento em casa (home care), até a internação em uma clínica ou hospital, o importante é que o parente tenha o que é necessário para oferecer ao enfermo o que ele necessita.
Fonte: Redação Online R7.
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