dilma não cupada

Dilma Rousseff enfrenta a pior crise do seu governo. A presidente desafia os que defendem sua saída prematura do Palácio do Planalto a tentar tirá-la da cadeira e a provar que ela algum dia “pegou um tostão” de dinheiro sujo.

O jornal Folha de S.Paulo publicou nesta terça-feira (7) uma entrevista exclusiva com a presidente. “Eu não vou cair. Eu não vou, eu não vou. Isso aí é moleza, é luta política”, afirmou Dilma

A presidente tem sido alvo de acusações e defende-se. “Não tem base para eu cair, e venha tentar. Se tem uma coisa que não tenho medo é disso”, declarou a presidente, acusando setores da oposição de serem “um tanto golpistas

A publicação divulga que Dilma descartou a hipótese de renúncia e comentou o boato disseminado na internet, e prontamente desmentido por ela, de que havia tentado se matar. “Eu não quis me suicidar na hora que eles estavam querendo me matar lá [na cadeia, durante a ditadura militar], a troco de que eu quero me suicidar agora?”, questiona.

Confira a entrevista publicada no jornal Folha de S.Paulo:

O ex-presidente Lula disse que ele e a sra. estavam no volume morto. Estão?

Dilma Rousseff – “Respeito muito o presidente Lula. Ele tem todo o direito de dizer onde ele está e onde acha que eu estou. Mas não me sinto no volume morto não. Estou lutando incansavelmente para superar um momento bastante difícil na vida do país”.

Lula disse que ajuste fiscal é coisa de tucano, mas a sra. fez.

“Querido, podem querer, mas não faço crítica ao Lula. Não preciso. Deixa ele falar. O presidente Lula tem direito de falar o que quiser”.

A sra. passa uma imagem forte, mas enfrenta uma fase difícil

“Outro dia postaram que eu tinha tentado suicídio, que estava traumatizadíssima. Não aposta nisso, gente. Foi cem mil vezes pior ser presa e torturada. Vivemos numa democracia. Não dá para achar que isso aqui seja uma tortura. Não é. É uma luta para construir um país. Eu não quis me suicidar na hora em que eles estavam querendo me matar! A troco de quê vou querer me suicidar agora? É absolutamente desproporcional. Não é da minha vida”.

Renúncia também?

“Também. Eu não sou culpada. Se tivesse culpa no cartório, me sentiria muito mal. Eu não tenho nenhuma. Nem do ponto de vista moral, nem do ponto de vista político”.

A oposição prevê que a sra. não termina seu mandato.

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