YAMAHA YZY R1-ÍMPETO BRUTAL
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A R1 traz toda expertise da Yamaha do Mundial de MotoGP – principal campeonato de motociclismo do mundo. Da YZR M1 pilotada pelos campeões Jorge Lorenzo e Valentino Rossi originou-se o controle de tração. São sete níveis de intervenção que, segundo a marca, mantém a regularidade tanto nas entradas quanto nas saídas das curvas. Ainda de acordo com a Yamaha, com o ajuste menos intromissivo, já se obtém altas doses de esportividade. Em curvas mais arrojadas, o mecanismo permite até mesmo algumas escapadas de traseira e só corta a entrega de potência quando a derrapagem chega a níveis mais alarmantes. No outro extremo, o nível máximo torna-se um aliado dos menos experientes. O modo que mais se intervém na pilotagem corrige todos os desequilíbrios de trajetória da moto, sem que o piloto perca a sensação de domínio sobre ela. Com o seletor apontando para os controles intermediários, um misto de segurança e esportividade, onde até mesmo o freio motor é suavizado. A marca garante que o sistema deixou a pilotagem mais leve e que o controle de tração funciona sem travamentos provenientes do corte de giro. Para os mais “cascudos”, há a opção de desligar o TCS e tentar “domar” a fera com a própria habilidade. Os sete níveis de controle de tração ainda podem ser conjugados a três mapeamentos da injeção, que resultam em 21 modos de pilotagem diferentes.
Falar de conforto em uma moto superesportiva é difícil. O piloto tem de se “sacrificar” fisicamente para obter o melhor desempenho possível. A posição avantajada de condução quase se confunde com o guidão e o assento é próximo ao mesmo nível da roda traseira. A embreagem é dura, o raio de giro é limitado e o calor do motor vai diretamente para as pernas. A cidade não é o melhor ambiente. Mas, uma vez na estrada, tudo começa a fazer sentido. A aceleração é forte e a moto joga o piloto para trás, fazendo com que tenha de se segurar nos manetes com toda a força. O comportamento é completamente brutal. Alguém poderia pensar que a cada mudança de marcha a força de aceleração diminui um pouco. Mas na R1 continua a empurrar mais e mais, com um poder infinito. Os primeiros 100 km/h chegam em apenas 3 segundos e a velocidade máxima ultrapassa os 270 km/h. Felizmente, os freios têm “poderes” iguais aos de desempenho e “brecam” a moto perfeitamente – permitindo que se aperte o manete totalmente com a confiança de que a roda da frente nunca irá travar. Uma vez acostumado – se for possível se habituar com tamanha violência – com a resposta do acelerador, a R1 mostra depois de algumas curvas o quão fácil é domá-la. O equilíbrio é peça-chave – embora o controle de tração tenha atuado diversas vezes para a roda traseira não patinar durante a aceleração – a moto é bem “plantada” ao chão e parece andar sobre trilhos. A suspensão consegue absorver bem as imperfeições do asfalto e as mudanças de direção são feitas com segurança. O som “rouco” do escape é viciante, graças ao virabrequim em crossplane, que lembra os motores 12 cilindros de antigamente. Com a diferença que na R1 é possível chegar a 12.500 mil rpm.
MOTOR: A gasolina, quatro tempos, 998 cm³, quatro cilindros em linha, quatro válvulas por cilindro, comando duplo no cabeçote com refrigeração líquida. Injeção eletrônica multiponto sequencial.
CÂMBIO: Manual de seis marchas com transmissão por corrente.
POTÊNCIA MÁXIMA: 182 cv a 12.500 rpm.
TORQUE MÁXIMO: 11,8 kgfm a 10 mil rpm
DIÂMETRO E CURSO: 77,0 mm X 53,6 mm.
TAXA DE COMPRESSÃO: 12,7:1
SUSPENSÃO: Dianteira por garfo telescópico com curso de 120 mm. Traseira com braço oscilante e monoamortecedor e curso de 120 mm.
PNEUS: 120/70 R17 na frente e 190/55 R17 atrás.
FREIOS: Disco duplo de 310 mm de diâmetro na frente e disco simples de 220 mm de diâmetro atrás.
DIMENSÕES: 2,07 metros de comprimento total, 0,71 m de largura, 1,13 m de altura, 1,41 m de distância entre-eixos e 0,83 m de altura do assento.
PESO: 184 kg.
TANQUE DO COMBUSTÍVEL: 18 litros.
PRODUÇÃO: Shizuoka, Japão.
LANÇAMENTO MUNDIAL: 2009.
LANÇAMENTO NO BRASIL: 2010.
PREÇO: R$ 65.500.
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