Padre lança pedra fundamental para construção de Cidade Santa na BahiaA cada domingo que via sua igreja lotadas de fiéis que saíam de várias partes da cidade em busca de suas palavras, do sermão certeiro e atraídos pelo seu carisma, o padre Paulo Avelino reforçava uma certeza: precisava de um espaço maior para atender o público. O projeto ele já tinha, faltava concretizar. O primeiro passo nessa direção será dado neste sábado (19), às 9h, quando ele lança a pedra fundamental para a construção da Cidade Santa, que será construída em Dias D´Ávila, na Região Metropolitana de Salvador (RMS). “Há dez anos Deus suscitou isso em meu coração, a ideia de um espaço maior”, explica o padre, que depois de uma década à frente da Paróquia de Nossa Senhora da Luz, há seis anos assumiu a Paróquia de Nossa Senhora do Resgate, no Cabula. Lá, costumam passar 3 mil fiéis todo domingo. A procura é tanta que ao longo do dia ele participa de cinco celebrações. Mas, com a Cidade Santa, isso vai mudar. É que o projeto promete ser tão grandioso quanto os sonhos do padre Paulo. Será erguida num terreno de 500 mil metros quadrados e prevê a construção de igreja com capacidade para 8 mil pessoas sentadas a cada celebração, capelas, casas e espaço para evangelização. Além disso, o estacionamento terá 1.500 vagas para carros e entre 100 a 200 ônibus. “A igreja vive um momento especial, de renovação na forma de evangelizar, visando alcançar um número maior de pessoas”, diz. O projeto prevê ainda arenas cobertas para trabalhar com jovens e projetos sociais. “Já viajei muito. Pouquíssimas igrejas têm projeto para cuidar das crianças que o Conselho Tutelar não tem para onde mandar. Queremos atender também os idosos, dependentes químicos que queiram uma vida nova, oferecer acampamentos para a juventude”, lista o sacerdote, que apresenta o programa “Minha Fé”, de segunda a sexta-feira na Bahia FM, às 5h. A preocupação em garantir um espaço voltado para os jovens tem uma justificativa. A paróquia Nossa Senhora do Resgate possui hoje quase 400 jovens e falta espaço para eles. “A música vai entrar como ferramenta de trabalho com a juventude, para evangelizarmos, para atraí-los. Vamos levar os meninos para o acampamento para vivermos isso”. Após o lançamento da pedra fundamental, a expectativa é que em dois anos seja concluída a primeira parte do projeto. “Não começa a vida desse lugar somente quando o espaço tiver todo pronto”, diz, se referindo ao fato de que o projeto completo demandará de um tempo maior para conclusão. Apesar de estimar o tempo de conclusão da primeira etapa, quando o assunto é investimento, o padre prefere se esquivar dos números. “A igreja trabalha muito a partir da providência divina. Acabamos de construir nosso centro comunitário aqui. Achávamos impossível achar um terreno com mais de 500 mil metros quadrados e conseguimos. Está todo mundo otimista”, comenta. Para o padre Paulo, a igreja é uma espécie de pronto socorro de Deus. “Chega gente a toda hora. Às vezes a pessoa só precisa de uma palavra, de um abraço”, explica. Pra ele, o papa Francisco sabe vivenciar muito bem esse papel. “Ele é o sinal daquilo que a Igreja é. Pode estar cansado, mas acolhe todo mundo. É uma benção. É encantador viver aquilo que ele fala” diz o padre, que é piauiense, mas filho de pai baiano e desde que foi ordenado vive no estado. (Fonte: Correio)