Novas medidas relacionadas à proposta de reforma da Previdência vazaram ontem. Uma delas prevê a criação de um gatilho para aumentar a idade mínima de aposentadoria quando também subir a expectativa de vida dos brasileiros. Com isso, a idade mínima para se aposentar, já consensuada em 65 anos, vai aumentar periodicamente. Segundo reportagem do jornal O Estado de São Paulo, a medida é defendida pelo setor técnico do governo, que enxerga no mecanismo uma forma para que os efeitos da reforma da Previdência sejam de longo prazo. Outro ponto é que a reforma tem alto custo político e o gatilho evitaria que o tema fosse para discussão no Congresso e na sociedade periodicamente. O jornal não citou a fonte das informações. Outro ponto em análise pelo governo é a desvinculação de benefícios como pensão por morte e o Benefício de Prestação Continuada (BPC) do salário mínimo. Esta medida permitiria que o governo pagasse para estes benefícios valores inferiores ao piso nacional pago aos trabalhadores da ativa.
Outra informação relacionada ao tema divulgada ontem, é que o texto da reforma da Previdência só será enviado ao Congresso Nacional após as eleições municipais. O primeiro turno ocorre nesse domingo (2/10), e o segundo três semanas depois (30/10). As duas últimas informações foram confirmadas pelo ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha. Segundo ele, todas as propostas envolvidas na reforma da Previdência estão em análise e ainda vão passar por um “pente-fino” do presidente Michel Temer. “O presidente vai passar um pente-fino (na proposta), ele foi relator da Previdência lá atrás, eu até fui auxiliar dele em 1996/1997, e ele faz questão de passar olho clínico em toda a reforma, portanto, esse olho clínico ainda não foi passado”, completou ele.
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