SANGUE NA ESPLANADA: 49 FERIDOS E PESSOAS PRESAS



Militante atingido por bomba na testa
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Segundo a página do G1, manifestantes protestaram durante toda esta quarta-feira (24) na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, contra o governo Michel Temer e as reformas em tramitação no Congresso. O ato foi marcado pela depredação dos prédios ministeriais e de estruturas que compõem a Esplanada. Houve registro de incêndio na área interna dos ministérios da Agricultura, do Planejamento e da Cultura, mas o fogo não deixou feridos.
Segundo a Secretaria de Segurança Pública do DF, sete pessoas foram detidas durante os protestos, suspeitas de dano ao patrimônio público, desacato e porte ilegal de arma. Até as 19h30, havia registro de 49 pessoas feridas, entre manifestantes e policiais militares.
Os detidos foram encaminhados à 5ª Delegacia de Polícia (área central) e ao Departamento de Polícia Especializada. De acordo com estimativa da Central Única dos Trabalhadores (CUT), os atos reuniram 200 mil manifestantes durante todo o dia. De acordo com a Segurança Pública, 35 mil ocuparam Esplanada no auge do protesto.

Temer disse na segunda-feira: “Se quiserem, me derrubem!”. Na quarta o pessoal começou o serviço.

Foto de André Borges do Estão Conteúdo para o G1

Até as 19h30, o trânsito continuava bloqueado na Esplanada dos Ministérios, entre a rodoviária do Plano Piloto e a via L4 Sul. Segundo a Polícia Militar, o acesso dos veículos só será liberado quando as vias estiverem limpas.
Sindicalista ferido
O Presidente do SINDPOC- Sindicato dos Policiais Civis da Bahia, Marcos Maurício, explica que o Projeto da Reforma da Previdência, proposto por Michel Temer, vai trazer prejuízos históricos à categoria.
Segundo o sindicalista, o Governo Federal alterou a idade de aposentadoria para 65 anos homens e 62 anos mulheres e aumentou o tempo de contribuição para 25 anos. ” Estão desconsiderando que a Polícia Civil exerce atividade de risco! Não vamos aceitar esse desrespeito com a categoria!”, frisou Marcos Maurício.
Durante a manifestação em Brasília, o Presidente do SINDPOC destacou que os policiais civis vão intensificar as manifestações e atos políticos contra o Governo Federal e Estadual. ” Hoje vivemos uma cena de guerra! A PM avançou nas áreas destinadas aos manifestantes e agrediu mulheres, crianças, estudantes e policiais civis com bomba de gás lacrimogêneo e balas de borracha! Um verdadeiro atentado ao Estado Democrático e de Direito!”, criticou Marcos Maurício.
O sindicalista foi atingido pela Polícia Militar e encontra-se com lesões na região das costas.
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