GARIMPEIROS REVOLTADOS COM 'OPERAÇÃO FEDERAL' DE COMBATE A EXTRAÇÃO ILEGAL DE OURO INCENDEIAM PRÉDIOS,CARROS E BALSAS EM HUMAITÁ;VEJA VÍDEO
Foto: Divulgação
Os garimpeiros provocaram os incêndios em protesto contra operações do Ibama e ICMBio
Os prédios onde funcionavam o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), no município de Humaitá, foram incendiados por garimpeiros no final da tarde deta sexta-feira.
Vários carros e caminhões que estavam nos estacionamentos dos dois prédios também foram incendiados pelos garimpeiros. A apreensão de 37 balsas durante a Operação “Faro Fino” que fiscaliza a atividade de extração ilegal de ouro no Rio Madeira, de acordo com o agente do Ibama, José Filho que está no município.
Algumas balsas apreendidas na operação também foram alvos de ações incendiárias dos garimpeiros que também se confrontaram com policiais militares, policiai civis e com policiais da Força Nacional que estão em Humaitá, dando suporte e apoio à operação do Ibama em conjunto com o ICMBio.
Durante a manifestação que entrou pela noite, os garimpeiros revoltados chegaram a invadir o prédio do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e só não colocaram o local em chamas porque o aparato policial chegou a tempo de fazer o confronto com uso de bombas de gás lacrimogêneo e tiros com balas de borracha. No prédio do Incra também funciona o Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam), de acordo com as autoridades em Humaitá.
Os órgãos ambientais que realizam a Operação “Faro Fino” agiram dentro da total legalidade da lei, de acordo com o procurador do Ministério Público Federal (MPF) Aldo de Campos Costa, que desde o começo da semana já estava no município acompanhando de perto todo o desfecho a ação do Ibama e do ICMBio.
Numa entrevista à imprensa que está em Humaitá acompanhando todos os fatos e a manifestação violenta dos garimpeiros, o procurador Aldo Campos também ressaltou que a atividade nos garimpos do município é totalmente ilegal e todos os garimpeitos têm ciência dessa ilegalidade. Por isso as autoridades e a investigação da polícia vão buscar identificar, prender e processar todos os envolvidos nessa manifestação criminosa.
(Fotos: Divulgação)
“Os danos ao patrimônio público provocado pelos incêndios de dois prédios de instituições federais, aos veículos que também foram destruídos pelo fogo e outros danos patrimoniais que os garimpeiros provocaram em áreas federais e patrimônios do próprio município, tudo isso será alvo de investigação e os culpados podem pegar até três anos de prisão se forem condenados”, salientou o procurador.
Neste sábado de manhã chegaram mais reforços policiais em Humaitá. Homens da Polícia Federal, da Polícia Civil e um grupo do Batalhão Especial da Polícia Militar também foram deslocados para o município, para garantir a ordem e a segurança física dos habitantes e patrimonial no que consiste aos prédios e veículos dos órgãos atingidos pelos manifestantes.
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