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O DEPUTADO FEDERAL ELEITO ZÉ NETO TOMA POSSE NA CÂMARA DOS DEPUTADOS, APÓS EXERCER QUATRO MANTADOS NA AL-BA

Por Henrique Brinco
O deputado federal eleito Zé Neto (PT) toma posse na Câmara dos Deputados amanhã, dia primeiro de fevereiro, após exercer quatro mandatos importantes na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA). Experiente negociador e até mesmo exercendo as funções de "bombeiro" nos momentos de crise, o petista levará tudo o que aprendeu para Brasília, onde promete fazer oposição ferrenha ao governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL).
O baiano, diferentemente de outros correligionários, demonstra estar aberto ao diálogo. Questionado sobre o que pensa do recuo do apoio do PT a candidatura de reeleição de Rodrigo Maia (DEM) na Presidência da Câmara, ele se posiciona: "Temos que ter muito equilíbrio nessa hora para sabermos o seguinte: de um lado temos um papel importante de manter nossas convicções ideológicas e nosso diálogo com a população. É um governo conservador e um projeto que já mostrou o quanto tem de retrógrado para o Brasil. Ao mesmo tempo que a gente tem esse posicionamento, temos que ter maturidade para não nos isolar do processo político da Casa. Temos que ter tranquilidade para dizer que no Legislativo vamos fazer muitas pontes para seguir em frente, lutando pelo Brasil e pela Bahia".

Nessa equação, daqui até o dia primeiro, muitas coisas vão acontecer. E a gente vai seguir com os pés no chão, com muita maturidade para ver qual será o melhor caminho. Mas, a tendência de criar um 'blocão' de defesa democrática, é uma tendência muito segura. Vamos aguardar o desenrolar dos fatos. A tendência é que a gente faça a disputa em dois momentos. Tem a necessidade da disputa pela Presidência, mas temos também que fazer um bloco que participe dos espaços", sinaliza Zé Neto. "Esse ano, o Legislativo terá um poder imenso na configuração do que vai acontecer no Brasil. Caberá ao poder Legislativo equilibrar as ações do governo e defender os interesses da população".
Zé Neto lembra que os integrantes da agremiação tinham um bom diálogo com Rodrigo Maia antes de ele selar uma aliança com o PSL, partido de Bolsonaro. "Acho que o diálogo tem que ser feito entendendo que Rodrigo Maia é uma liderança importante na Casa. Mesmo que não tenha a possibilidade de apoiá-lo, criando um outro bloco, podemos sim fazer diálogos com ele e com a Casa buscando outros espaços. Mas a tendência é que a gente faça mesmo o bloco democrático. Ainda não temos um nome. Até o dia da eleição, tudo pode acontecer".
Questionado sobre como ficará a relação do governo Rui com o governo Bolsonaro, o baiano defende a institucionalidade e um relacionamento "respeitoso" entre as duas partes. "Temos que entender os dois movimentos: um é o relacionamento com o Bolsonaro e o outro é o relacionamento entre as estruturas de poder", avalia, defendendo a criação de uma aliança federal em defesa dos interesses Norte e do Nordeste. "São regiões que estão ficando esquecidas desde agora".
O deputado eleito também faz um balanço sobre o período em que esteve na AL-BA. "Foi uma experiência riquíssima. Estou há quatro mandatos como deputado estadual. Cheguei na Assembleia e fui presidente da Comissão de Meio Ambiente, depois fui presidente da Comissão de Constituição e Justiça do governo Jaques Wagner, depois fui líder de governo nas gestões de Wagner e Rui. Essa passagem só me trouxe maturidade e aprendizado. Na parte política, no governo Wagner teve uma transformação absoluta no cenário político da Bahia e montou uma estrutura de governo que deu a Rui a possibilidade de seguir fazendo o que tem feito, sinalizando que a Assembleia está em boas mãos com a liderança de Rosemberg Pinto (PT)”.