ITAPETINGA: AVIÃO DO DEPUTADO PAULO MAGALHÃES SOFRE PANE SECA DURANTE VÔO APÓS TER COMBUSTÍVEL FURTADO

O avião do deputado federal Paulo Magalhães (PSD-BA) sofreu uma pane seca em um dos dois motores, a caminho de Salvador, após 200 litros de combustível terem sido furtados por dois homens, na cidade de Itapetinga, sudoeste da Bahia (a 576 km da capital baiana), segundo a polícia.
O parlamentar baiano não estava na aeronave, um bimotor modelo Beechcraft Baron, inscrito na Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) sob registro PT-OOJ. Apesar do susto, o piloto, que não teve o nome divulgado pela polícia, pousou em segurança em Salvador.
O deputado foi ao município na segunda-feira (12), para participar de um evento público com outros políticos, empresários e secretários do governo estadual, mas retornou de carona para Salvador em outro avião, no mesmo dia.
O piloto da aeronave, no entanto, passou a noite de segunda para terça-feira (13) na cidade baiana, momento em que o vigilante do aeroporto, com um comparsa, aproveitou para subtrair o combustível, segundo o delegado Antônio Roberto Gomes Silva Junior.
“Logo depois da queixa do piloto, primeiro, fizemos uma busca nas instalações do aeroporto. Depois, fomos à casa do vigilante buscá-lo para nos ajudar. Ele começou a ficar nervoso com as perguntas, até que confessou o crime”, afirmou o delegado.
Após confessar participação no crime, o vigilante ainda mostrou aos policiais a forma como o combustível era retirado da aeronave. “Ele disse que abriu o portão do aeroporto para o comparsa, que estava precisando de dinheiro, entrar com um carro”, descreveu.
De acordo com o delegado, após o furto vir a público, outros pilotos e proprietários também relataram suspeitas de subtração, em menor escala, de outras aeronaves. “Como foi em menores quantidades, não deram por falta, até que o caso veio à tona”, afirmou o delegado.
Segundo as especificações do fabricante, o modelo da aeronave do parlamentar baiano tem capacidade para armazenar 194 galões de combustível, o equivalente a 734 litros. “Se não fosse a capacidade de armazenamento, poderia ter acontecido uma tragédia”, disse o delegado.
Ambos os suspeitos foram ouvidos na delegacia local, mas depois liberados, como prevê a legislação penal brasileira, pois o tempo da prisão em flagrante havia expirado. A reportagem tentou contato com o deputado, mas ele não atendeu às ligações.
Folha de São Paulo
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