Desde dezembro de 2014, quando completou 13 anos do começo da guerra no Talibã, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, fez uma declaração que colocava fim nas principais operações de combate no Afeganistão. O presidente democrata, que aumentou significativamente o número de soldados norte-americanos no terreno para quase 100.000, optou por concentrar os esforços de suas tropas no treinamento e na transferência de responsabilidades de segurança para as forças afegãs para poder encerrar a sua ação no Afeganistão. Após a sucessão do cargo, por Donald Trump, finalmente houve uma concordância na manutenção do contingente no Afeganistão até que a situação do conflito permitisse. Porém, em fevereiro de 2020, no âmbito das negociações de paz em Doha (Qatar), Trump acertou com o Talibã que retiraria as tropas do país em 14 meses. Em abril do ano passado, o atual inquilino da Casa Branca, Joe Biden, informou que os Estados Unidos removeriam suas tropas em uma retirada que começou em maio e que deverá ser concluída até 11 de setembro, data em que serão cumpridas duas décadas desde os ataques terroristas às Torres Gêmeas. Em maio, precisamente, o Talibã iniciou uma ofensiva para estender sua área de controle no sul, norte e na franja oeste do país, com uma estratégia de desgaste das capitais das 34 províncias do país em direção a grande cidades, como Herat, Kandahar e Kunduz. Embora os serviços de inteligência dos EUA tenham estimado em junho que o país poderia cair nas mãos do Talibã seis meses após a retirada das tropas estrangeiras, essas mesmas fontes agora acreditam que Cabul poderá ser controlada pelo Talibã dentro de 90 dias. Somente entre julho e agora, em agosto, mil civis perderam a vida na violência desencadeada na ofensiva do Talibã, segundo dados da ONU. Cerca de 250.000 pessoas fugiram de suas casas desde maio. Apesar de, no papel, as forças afegãs, treinadas e apoiadas pela coalizão internacional nas últimas duas décadas terem mais tropas —cerca de 288 mil policiais e militares— o avanço do Talibã está sendo rápido. Referência: https://brasil.elpais.com (MAURÍCIO SANTANA, Licenciado em História, Professor da rede Estadual e Privada de Ensino, Pós Graduado em História do Brasil, Gestão Educacional e Mestre em Educação)
O QUE ESTÁ ACONTECENDO NO AFEGANISTÃO ?- PELO PROF. MAURÍCIO SANTANA
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agosto 18, 2021
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