BRASIL E PORTUGAL NO INÍCIO DO SÉC.XIX E O PROCESSO DE INDEPENDÊNCIA
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A Independência do Brasil é celebrada em 07 de setembro porque foi nesse dia em que, às margens do rio Ipiranga, o príncipe regente D. Pedro tornou o país independente.
No dia 07 de setembro, comemora-se a Independência do Brasil. Essa celebração é realizada em nosso país desde o ano de 1822, quando transcorreu o processo de independência, capitaneado pela elite política que circundava a figura do imperador D. Pedro I. José Bonifácio de Andrada e Silva foi um dos seu principais protagonistas. Para compreender o processo de independência, é preciso entender a situação do Brasil e de Portugal no início do século XIX.
Em 1808, a Família Real Portuguesa partiu de Portugal rumo às terras da então Colônia do Brasil, fugindo do ataque imperialista napoleônico. Tal fuga resultou no estabelecimento da corte portuguesa na cidade do Rio de Janeiro e na elevação do Brasil ao patamar de Reino Unido, junto a Portugal e Algarves. Essa importante decisão política de Dom João VI gerou, no Brasil, uma eferverscência política muito grande, que logo causou diferenças de interesses entre liberais e conservadores e entre brasileiros e portugueses.
Nos anos em que D. João VI permaneceu no Brasil, algumas manifestações de nativismo puderam ser observadas, sendo a Revolução Pernambucana, de 1817, a principal delas. Quando, em 1821, D. João VI teve que regressar a Portugal, seu filho, Dom Pedro, ficou no Brasil representando a casa de Bragança como Príncipe Regente. Porém, a situação política interna já estava em crise, pois havia se formado uma elite de brasileiros que tinham interesses na independência e que apresentavam propostas às cortes portuguesas na Constituinte que se formara naquele ano. Boa parte dessa elite recebia influência de ideias europeias, desde velhas correntes absolutistas, passando pelo liberalismo, até sociedades secretas, como a maçonaria.
“O GRITO DO IPIRANGA”, EM 07 DE SETEMBRO DE 1822
Na virada de 1821 para 1822, as cortes portuguesas exigiram o regresso imediato de D. Pedro para Portugal, mas este (que era português de nascimento), em 09 de janeiro, recusou a ordem, declarando então o seu apoio aos brasileiros. Esse dia ficou conhecido como “Dia do Fico”. O clima de amistosidade entre Portugal e Brasil prosseguiu durante todo o primeiro semestre de 1822.
Em setembro, D. Pedro recebeu das cortes portuguesas um ultimato para voltar a Portugal, sob pena de um ataque das tropas portuguesas às defesas brasileiras. Pedro, que estava em São Paulo, recebeu essa notícia no dia 07 e, às margens do rio Ipiranga, declarou o país independente, conclamando as forças de resistência brasileiras à luta contra os portugueses. O historiador Boris Fausto narra o episódio do “grito do Ipiranga”.
Alcançado em 7 de setembro de 1822, às margens do riacho Ipiranga, dom Pedro proferiu o chamado Grito do Ipiranga, formalizando a Independência do Brasil.
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