O BLOG LIBERDADE NA HISTORIA DE MADRE TEREZA DE CALCUTÁ
O blog liberdade bom sucesso traz neste dia 25 de março a Historia de Madre Tereza de Calcutá.....
Madre Tereza de Calcutá
Agnes Gonxha Bojaxhiu Skopje, nasceu no dia 26 de Agosto de 1910, e
faleceu no dia 5 de Setembro de 1997. Conhecida mundialmente como Madre
Teresa de Calcutá, ou Beata Teresa de Calcutá. Foi uma missionária
católica albanesa. Nascida na República da Macedônia e naturalizada
indiana, beatificada pela Igreja Católica em 2003.
Considerada por alguns, a missionária do século XX, fundou a
congregação "Missionárias da Caridade", tornando-se conhecida ainda em
vida pelo cognome de "Santa das sarjetas".
Local de nascimento da:
Madre Teresa em Skopje, Macedônia.
Agnes Gonxha Bojaxhiu filha de pais albaneses, numa família de três
filhos, sendo duas moças e um rapaz. Embora ela tenha nascido a 26 de
agosto, ela considerava o 27 de Agosto, o dia em que foi batizada, como o
seu " verdadeiro aniversário".
Casa memorial de Madre Teresa em Macedônia.
Aos 12 anos ouviu um jesuíta que era missionário na Índia dizer: “Cada
qual em sua vida deve seguir seu próprio caminho”. Tais palavras a
impressionaram e se determinou a dar um sentido à sua vida, a
entregar-se a serviço dos outros: fazer-se missionária. E já nesta idade
procurou o referido jesuíta para saber como fazer isso, ao que o
prudente homem respondeu que aguardasse a confirmação do tempo e da “voz
de Deus”.
Conforme uma biografia de Joan Graff Clucas, em seus primeiros anos era
fascinada pelas histórias das vidas dos missionários. Dia 15 de agosto
de 1928, seis anos mais tarde, cada vez mais convicta de sua vocação,
enquanto rezava no santuário da Madona Negra de Letnice onde muitas
vezes foi em peregrinação, decidiu se comprometer com a vida religiosa.
Solicitou a admissão na Congregação das Irmãs do Loreto que trabalhava
em Bengala, mas teve primeiro de aprender a língua inglesa em Dublim. De
Dublim foi enviada para a Índia em 1931 a fim de iniciar seu noviciado
em Darjeeling no colégio das Irmãs de Calcutá.
No dia 24 de maio de 1931, fez a profissão religiosa, e emitiu os votos
temporários de pobreza, castidade e obediência tomando o nome de
"Teresa". A origem da escolha deste nome residiu no fato de ser em honra
à monja francesa Teresa de Lisieux, padroeira das missionárias,
canonizada em 1927 e conhecida como Santa Teresinha.
Madre Teresa ao lado do médico
Dr. Theodor Binder em Wilmington, NC, 1975
De Darjeeling passou para Calcutá, onde exerceu, durante os anos 30 e
40, a docência em Geografia no colégio bengalês de Sta Mary, também
pertencente à congregação de Nossa Senhora do Loreto. Impressionada com
os problemas sociais da Índia, que se refletiam nas condições de vida
das crianças, mulheres e velhos que viviam na rua e em absoluta miséria,
fez a profissão perpétua a 24 de maio de 1937.
Com a partida do colégio, tirou um curso rápido de enfermagem, que veio a tornar-se um pilar fundamental da sua tarefa no mundo.
Presidente da Itália Sandro Pertini
recebendo a Madre Teresa, em 1978.
Em 1946, decidiu reformular a sua trajetória de vida. Dois anos depois,
e após muita insistência, o Papa Pio XII permitiu que abandonasse as
suas funções enquanto monja, para iniciar uma nova congregação de
caridade, cujo objetivo era ensinar as crianças pobres a ler. Desta
forma, nasceu a sua Ordem – As Missionárias da Caridade. Como hábito,
escolheu o sári, nas cores — justificou ela — "branco, por significar pureza e azul,
por ser a cor da Virgem Maria". Como princípios, adotou o abandono de
todos os bens materiais. O espólio de cada irmã resumia-se a um prato de
esmalte, um jogo de roupa interior, um par de sandálias, um pedaço de
sabão, uma almofada e um colchão, um par de lençóis, e um balde metálico
com o respectivo número.
Madre Teresa durante sua visita a Cúcuta,
Colômbia em 1981.
Começou a sua atividade reunindo algumas crianças, a quem começou a
ensinar o alfabeto e as regras de higiene. A sua tarefa diária
centrava-se na angariação de donativos e na difusão da palavra de alento
e de confiança em Deus.
No dia 21 de dezembro de 1948, foi-lhe concedida a nacionalidade
indiana. A partir de 1950 empenhou-se em auxiliar os doentes com lepra.
Em
1965, o Papa Paulo VI colocou sob controle do papado a sua congregação e
deu autorização para a sua expansão a outros países. Centros de apoio a
leprosos, velhos, cegos e doentes com HIV surgiram em várias cidades do
mundo, bem como escolas, orfanatos e trabalhos de reabilitação com
presidiários.
Estátua da Madre Teresa em Skopje, Macedônia.
Servindo ao mundo
O primeiro lar infantil ou "Sishi Bavan" (Casa da Esperança), fundada
em 1952, juntou-se ao "Lar dos Moribundos", em Kalighat.
Mais de uma década depois, em 1965, a Santa Sé aprovou a Congregação
Missionárias da Caridade e, entre 1968 e 1989, estabeleceu a sua
presença missionária em países como Albânia, Rússia, Cuba, Canadá,
Palestina, Bangladesh, Austrália, Estados Unidos da América, Sri
Lanka|Ceilão, Itália, antiga União Soviética, China, etc.
O reconhecimento do mundo pelo seu trabalho concretizou-se com o Templeton Prize, em 1973, e com o Nobel da Paz, no dia 17 de outubro de 1979.

Morreu
em 1997 aos 87 anos, de ataque cardíaco, quando preparava um serviço
religioso em memória da Princesa Diana de Gales, sua grande amiga e
falecida ela própria 6 dias antes, num acidente de automóvel em Paris.
Tratado como um funeral de Estado, vários foram os representantes do
mundo que quiseram estar presentes para prestar a sua homenagem. As
televisões do mundo inteiro transmitiram ao vivo durante uma semana, os
milhões que queriam vê-la no estádio Netaji. No dia 19 de outubro de
2003, o Papa João Paulo II beatificou Madre Teresa.
O seu trabalho missionário continua através da irmã Nirmala, eleita no dia 13 de março de 1997 como sua sucessora.

Um de seus pensamentos era este: “Não usemos bombas nem armas para
conquistar o mundo. Usemos o amor e a compaixão. A paz começa com um
sorriso”. Criou as missionárias da caridade, onde todas as freiras iriam
ajudar não a ela, mas sim a todos os necessitados. Todos registrados.
A "noite escura" de Madre Teresa
Uma coleção de cartas dirigidas a uns poucos conselheiros espirituais e
recolhidas no livro "Madre Teresa venha, seja minha luz" (Mother Teresa: Come Be My Light)
publicado em 4 de setembro de 2007, traduzido e publicado no Brasil
pela editora Thomas Nelson, organizado pelo Padre Brian Kolodiejchuk,
postulador da causa da sua canonização revelaram, segundo alguns,
dúvidas profundas de madre Teresa sobre sua fé em Deus, provocando
discussões sobre uma possível posição agnóstica.
Madre Teresa, em suas cartas, descreveu como sentia falta de respostas de Deus. Em 1956 escreveu: "Tão
profunda ânsia por Deus - e ... repulsa - vazio - sem fé - sem amor -
sem fervor. Almas não atrai - O céu não significa nada - reze por mim
para que eu continue sorrindo para Ele apesar de tudo." Em 1959: "Se não houver Deus - não pode haver alma - se não houver alma então, Jesus - Você também não é real."

Uma de suas cartas ao Padre Neuner dizia: "Pela primeira vez ao longo
de 11 anos - cheguei a amar a escuridão. - Pois agora acredito que é
parte, uma parte muito, muito pequena da escuridão e da dor de Jesus
neste mundo. O Senhor ensinou-me a aceitá-la [como] um 'lado espiritual
de sua obra', como escreveu. - Hoje senti realmente uma profunda alegria
- que Jesus já não pode passar pela agonia - mas que quer passar por
mim. - Abandono-me a Ele mais do que nunca. - Sim - mais do que nunca
estarei à disposição."

No entanto, o texto de suas cartas não deve afetar a campanha por sua
santificação, já que a Igreja defende que outros santos também
demonstraram dúvidas em relação a sua fé, como por exemplo São Tomé.
A crise espiritual.
Segundo o postulador da causa da canonização de Madre Teresa e autor do
livro, a sua crise espiritual começou nos anos 50, logo após a fundação
da ordem das Missionárias da Caridade; a partir daí "viveu uma grande
fase de escuridão interior que se prolongou até a sua morte". "Sabia que
estava unida a Deus, mas não conseguia sentir nada" Este fenômeno é conhecido na tradição e na teologia mística cristã, e foi São João da Cruz quem o chamou de noite escura do espírito, o que considera uma etapa no caminho de alguns santos no caminho de identificação com Deus.
Silêncio divino.
Bento XVI comentando as cartas disse que este silêncio serve para que
os crentes percebam a situação daqueles que não acreditam em Deus.
Falando sobre as experiências místicas da beata disse que "tudo aquilo
que já sabíamos se mostra agora ainda mais abertamente: com toda a sua
caridade, a sua força de fé, Madre Teresa sofria com o silêncio de
Deus".
Antídoto contra o sentimentalismo.
Kolodiejchuk enxerga na atitude da beata um antídoto contra o
sentimentalismo: "A tendência em nossa vida espiritual, e também na
atitude mais geral relativamente ao amor, é que o que conta são os
nossos sentimentos. Assim a totalidade do amor é o que sentimos. Mas o
amor autêntico a alguém requer o compromisso, fidelidade e
vulnerabilidade. Madre Teresa não "sentia" o amor de Cristo, e poderia
ter cortado, mas levantava-se às 4:30 h. cada manhã por Jesus e era
capaz de escrever-lhe: Tua felicidade é o único que quero. Este é um poderoso exemplo, inclusive em termos não puramente religiosos."
Santa da escuridão.
O jornal The New York Times em editorial de 5 de setembro de 2007
assinala que Madre Teresa em uma de suas cartas afirma que se alguma vez chegarei a ser santa, seguramente o serei da escuridão.
O editorial cita a jornalista e escritora Flannery O’Connor, católica,
que passou por uma difícil enfermidade de natureza degenerativa, que
escreveu que existem pessoas que "pensam que a fé é um grande cobertor
elétrico, quando é com certeza a cruz". O artigo procura estabelecer um
paralelismo entre o sofrimento dessas duas mulheres quando considera que
"ambas não falaram sobre o seu próprio sofrimento e continuaram a
trabalhar. "Madre Teresa, enferma de nostalgia por um sentido do divino,
manteve a fé com os enfermos de Calcutá", conclui o editorial.

Michael Gerson, colunista do Washington Post, a respeito da "noite
escura" de Madre Teresa, escreve que este fato interior e o contraste
externo de sua alegria e sorriso não podem ser considerados como se
fosse hipocrisia. Afirma que "Há uma espécie de valentia na perda da
ilusão sem perder o coração" e que "a santidade tem que ver mais com
obediência que com sentimentos espirituais, que a fé pode coexistir com o
sofrimento e a dúvida, que a santidade pode ser mais áspera e mais
difícil do que imaginamos".

Deus Caritas Est
Bento XVI na sua encíclica Deus caritas est, de 25 de dezembro de 2005,
"sobre o amor cristão", cita Madre Teresa como exemplo de pessoa de
oração e ao mesmo tempo de fé operativa:
A piedade não afrouxa a luta contra a pobreza ou mesmo contra a miséria
do próximo. A beata Teresa de Calcutá é um exemplo evidentíssimo do
fato que o tempo dedicado a Deus na oração não só não lesa a eficácia
nem a operosidade do amor ao próximo, mas é realmente a sua fonte
inexaurível. Na sua carta para a Quaresma de 1996, essa beata escrevia
aos seus colaboradores leigos: 'Nós precisamos desta união íntima com
Deus na nossa vida cotidiana. E como poderemos obtê-la? Através da
oração.

Beatificação e canonização
Foi beatificada em 19 de outubro de 2003, com a ocorrência de um
milagre ocorrido com Monica Besra, uma indiana, que foi curada de um
tumor no estômago de forma inexplicável e cuja cura foi atribuída a
Madre Teresa. Segue em aberto o processo de sua canonização.
Títulos e homenagens
Padma Shree - Índia, 1962.
Ramon Magsaysay Award Foundation - Filipinas, 1962.
Doutora honoris causa em Medicina e Cirurgia pela Faculdade de Medicina e Cirurgia da Universidade Católica do Sagrado Coração.
Prêmio Nobel para a Paz - 1979.Medalha Presidencial da Liberdade - Estados Unidos, 1985.
Cinema e literatura
- Madre Teresa é o tema do filme-documentário (1969) e do livro Algo bonito por Deus (1971) de Malcolm Muggeridge.
-
Madre Teresa: Em Nome dos Pobres de Deus é um filme de 1997 dirigido
por Kevin Connor estrelado por Geraldine Chaplin. Ganhou em 1998 o
prêmio Art Film Festival.
- A vida de Madre Teresa foi retratada em 2003 em minissérie de televisão italiana Madre Teresa,
estrelada por Olivia Hussey como Madre Teresa. Posteriormente, foi
lançado internacionalmente como um filme de televisão Madre Teresa de
Calcutá e recebeu o Prêmio Camie em 2007.
Se você quiser saber mais sobre a vida de Madre Tereza de Calcutá,
leia em:
Wikipédia - A enciclopédia Livre
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