MORTO POR ESPANCAMENTO
morto por espancamento
Leandro morreu no local | Foto: Arquivo pessoal
O irmão gêmeo do jovem que morreu após ser espancado por um grupo de homens,
José Leandro da Silva, de 22 anos, teve o maxilar quebrado em três
lugares, quase teve o olho esquerdo perfurado e ainda terá que ser
submetido a uma cirurgia. Ele e José Leonardo da Silva deixavam o
Camaforró, em Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador (RMS), na
madrugada do último domingo (24), quando oito homens passaram a
espancá-los. "Senti meu coração parar, senti que tinha perdido algo.
Minha irmã disse que eu tinha que ser forte. Eu pensava que meu irmão
estava vivo, foi uma dor muito grande, meu irmão era tudo para mim,
companheiro, amigo... Nossa ligação era muito forte", relatou Leandro,
em entrevista ao G1. A delegada responsável pelo caso, Maria Tereza
Santos Silva, trabalha com a hipótese de homofobia. O sobrevivente
também acha que não há outra justificativa para as agressões, mas não
compreende porque foram confundidos com um casal homossexual. "Acho que
foi homofobia, achavam que a gente era gay, mas não entendo, éramos
gêmeos idênticos, era evidente que éramos irmãos. Eu apenas coloquei a
mão em cima do ombro dele! Sempre fomos do bem, honestos, nunca nos
envolvemos com nada errado, drogas... Até mesmo na festa, não teve
nenhuma confusão, não mexemos com a mulher de ninguém", contou. Cinco
dos oito participantes das agressões estão detidos na unidade policial.
"Meu rosto está bem ferido, roxo. Sinto muita dor na cabeça e nas
costas. Não consigo entender, estávamos saindo da festa, indo para casa,
quando fomos surpreendidos. A gente nem viu de onde eles vieram, já
chegaram batendo, chamando a gente de mulherzinha. Tentamos correr, mas
eles tinham punhal, faca, pedra...", lembrou.
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