FESTIVAL DE CULINÁRIA CANINA NA CHINA CONSUMIU CARNE DE 10 MIL CÃES

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A cidade de Yulin, na província de Guangxi, no sul da China, é famosa por realizar um dos maiores festivais de culinária canina. Todos os anos, milhares de turistas vão ao evento provar a carne de cachorro – considerada por muitos uma iguaria. A edição deste ano, realizada no último final de semana, não foi diferente. Grupos ativistas dos direitos dos animais estimam que o festival consumiu a carne de cerca de 10 mil cachorros. Segundo reportagens veiculadas pela imprensa internacional, a maioria dos cães foi eletrocutada ou queimada viva. Há denúncias de que muitos cachorros foram, inclusive, roubados de casas de família. Manifestantes em defesa do direito dos cachorros que estiveram no evento disseram ter presenciado cenas cruéis. Em meio a cães ensanguentados, pendurados nas tendas, e cachorros engaiolados, os ativistas foram alvo de chantagem. Segundo reportagem do jornal britânico The Guardian, alguns vendedores chegaram a cobrar valores exorbitantes aos ativistas para não abater os cães “ao vivo”, na frente deles. A maior revolta contra o festival de culinária canina de Yulin deste ano foi percebida na web. A fim de tentar proibir o festival, alguns grupos de ativistas se juntaram e lançaram uma petição online para pedir ao governo americano que intercedesse pela não realização do evento. A petição conseguiu mais de 100 mil assinaturas – mas o festival aconteceu mesmo assim. A reação dos internautas engajados, contudo, não foi em vão. Se a campanha não conseguiu impedir o evento, ao menos reduziu a quantidade de carne canina consumida no evento. Segundo informações do The Guardian, as vendas de carne caíram em cerca de 1/3 em relação à edição passada. Na China, a carne de cachorro é considerada bastante nutritiva. De acordo com o The Guardian, em algumas regiões do sul e nordeste do país, é comum que médicos recomendem o consumo da carne de cachorro a pacientes com problemas de impotência e circulação. (Fonte: Época)
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