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QUEM É O BILIONÁRIO RUSSO QUE QUER UNIR OI E TIM NO BRASILHá anos o mercado espera por uma consolidação do setor no Brasil – e a proposta de aporte bilionária feita hoje à Oi, com a condição de união com a TIM, pode tornar isso real. Se aceitar o acordo, a companhia receberia 4 bilhões de dólares do grupo de investidores LetterOne, com a condição de unir as operações com a rival brasileira. Enquanto a ideia segue em análise na Oi, as ações da companhia disparam. E o bilionário por trás do negócio aguarda, ansioso, o sinal verde para o avanço de seus negócios no Ocidente. Nascido em uma família judia na Ucrânia, Mikhail Fridman é hoje a segunda pessoa mais rica da Rússia e o 68º bilionário do mundo, com uma fortuna estimada de 14,7 bilhões de dólares. Ele começou a vida com empregos modestos para ajudar a família até construir sua primeira cooperativa de negócios, especializada em lavagem de janelas. Mais tarde, criou uma empresa que vendia de computadores a tapetes, o embrião do que viria se tornar o Grupo Alfa, maior grupo financeiro industrial e empresarial da Rússia. Fridman é sócio majoritário no conglomerado dono de várias empresas de telecom, como Vimplecom, Turkcell e Megafon, além da X5, segunda maior varejista de alimentos do país. Da LetterOne, sua outra empresa de investimentos com sede em Luxemburgo, ele controla outros negócios, como a petroleira Dea, que opera na Noruega, Alemanha e Reino Unido.
DOMINAR O MUNDO
É dessa companhia, por sinal, que saiu a proposta feita hoje para a Oi – e de onde devem surgir novas ofertas para outras empresas do setor em outros países. Nos últimos meses, o empresário deixou claro que teria separado 16 bilhões de dólares para investir em outros negócios, principalmente o de telecom. O intuito é diversificar os tipos de investimentos também de maneira geográfica, diluindo o risco econômico com a concentração de recursos apenas na Rússia. Apesar do mercado russo ter sido o grande combustível para o bilionário chegar onde está. A LetterOne foi criada por Fridman depois do empresário receber estimados 5,1 bilhões de dólares por sua parte na venda petrolífera TNK-BP para a empresa estatal russa Rosneft. A TNK trabalhava em parceria com a British Petroleum desde 2013 e 50% das ações foram compradas por 28 bilhões de dólares. A compra, segundo jornais da época, era uma maneira do governo de Vladimir Putin seguir no controle das maiores empresas de setores chaves no país. Fechar o negócio com a Oi seria o primeiro grande passo do bilionário no Brasil, um país distante da Rússia, mas bem próximo dos desafios de um emergente. (Fonte: MSN)