JAQUES WAGNERO ex-ministro da Casa Civil, ex-ministro-chefe de Gabinete Pessoal da Presidência da República e ex-governador da Bahia, Jaques Wagner (PT), largou o doce em reunião do PT ocorrido no final de semana em Salvador. Denominado de “Passivo” na lista que a Lava Jato apreendeu com a Odebrecht, Wagner demonstrou que seu desejo, enquanto rolava a sessão do impeachment na Câmara dos Deputados, não tinha nada de passivo. Áudio do discurso do petista que chegou ao Bocão News mostra o ex-ministro externando sua opinião: “Aquela sessão na Câmara não era para ter terminado. E eu externei minha opinião, apesar de ser uma pessoa extremamente serena, conciliadora, mas eu deixei claro na reunião de líderes, na casa do líder do PDT, que na minha opinião, era impossível se imaginar a violência do que se estava acontecendo como se nada estivesse acontecendo. Ficou-se um desfilar de pessoas dizendo sim ou não a um processo que é a rasgação da Constituição brasileira. Então, infelizmente, se fez o espetáculo, na minha opinião, terrível, tenebroso, que era de uma aparente normalidade”, disse o ex-governador.
BOTANDO FOGO
Extremamente irritado com o que seu deu na votação do impeachment, Wagner mostrou logo seu tom ativo e disse que colocaria fogo na Câmara. “Eu até disse ao pessoal, por mim quebrava aquela porra. Jogava ovo em quem quisesse. A gente não pode viver uma anormalidade em um cemitério onde estavam dando um tiro na democracia. Eu não estou criticando ninguém, não, porque tinha que ser uma decisão coletiva, e aliás, eu disse ao companheiro que me abordou aqui, tem certas coisas que não se anuncia, vai lá e faz. Porque se anunciar, não faz. Estou falando aqui porque já não está feito. Na época eu falei com quem achava que tinha que falar. Por mim, toca fogo naquela porra e não era para ter terminado aquilo ali. Essa é a minha opinião”. Passivo retou! (Texto: Bocão.