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BARRAGEM DE SOBRADINHO ENTRA NO VOLUME MORTO


Marcello Casal Jr/Agência Brasil. Barragem de Sobradinho tem a maior crise hídrica em seus 40 anos de história.
Ontem, a barragem da hidrelétrica de Sobradinho, que chegou a ser considerado o 11º maior lago artificial do mundo em área inundada (4.214 km²) , entrou no volume morto, com apenas 3,14% de sua capacidade.
De agora em diante, só sairá nos extravasores da represa a água que o rio São Francisco trouxer, menos de 250 m³/segundo. A medida da gravidade do fato se revela quando se sabe que, regulando a vazão, a barragem estava soltando até agora 550 m³/ segundo, importante para manter a qualidade da água, sem infestação de algas, à jusante, na direção da foz.
No ano que passou, a barragem manteve a vazão em 1.100 m³/segundo, depois de decisão de rebaixá-la de 1.500 m³/segundo pelo Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco.
Em 9 de outubro corrente, foi iniciada a redução gradual da vazão liberada pela barragem de Sobradinho (BA) dos atuais 580 metros cúbicos por segundo (m³/s) até o limite de 550m³/s, menor patamar já praticado até hoje no maior reservatório da bacia do rio São Francisco. Esta decisão foi acordada na última reunião de avaliação das condições de operação dos reservatórios do São Francisco, ocorrida nesta semana.
No caso da barragem de Xingó (AL/SE), que fica a jusante (abaixo) de Sobradinho, a redução para uma defluência mínima de 550m³/s foi iniciada em 2 de outubro. Esta vazão defluente também é a menor da história do reservatório.
Desde 18 de julho, com a Resolução ANA nº 1.291/2017, os reservatórios de Sobradinho e Xingó, no rio São Francisco, estão autorizados pela Agência Nacional de Águas (ANA) a liberar uma média mínima diária de 550m³/s de água, o menor patamar já autorizado para ambos os reservatórios.
A autorização da ANA também permitia à Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (CHESF) adotar uma defluência mínima instantânea (a cada medição) de 523m³/s até 30 de novembro. 

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