MORO TEM ÁUDIOS DE CONVERSAS COM BOLSONARO
As informações divulgadas pelo ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, durante seu pedido de demissão na tarde desta sexta-feira, 24, indicam que o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), cometeu crimes de responsabilidade. De acordo com o Valor, o ex-ministro dispõe de mensagens de áudio e de texto trocadas com o presidente ao longo dos quase 14 meses em que participou do governo e que podem ser usadas como provas documentais. Em seu pronunciamento, Moro apontou indícios de, pelo menos, seis tipos diferentes de crimes que podem ter sido cometidos por Bolsonaro no exercício do cargo, de acordo com avaliações de criminalistas. Entre as situações mais graves, está a afirmação acerca de interferência política dentro da Polícia Federal (PF) para ter acesso a investigações sigilosas, inclusive as que tramitam sob segredo no Supremo Tribunal Federal (STF). Ainda segundo o site, o Planalto já pode estar na mira do inquérito das Fake News que tramita no STF, que chegou à identidade de financiadores de ataques nas redes sociais à oposição a Bolsonaro. O ex-juiz Sergio Moro apresentou, durante a edição do Jornal Nacional desta sexta-feira (24) provas das acusações feitas ao presidente Jair Bolsonaro durante coletiva realizada nesta manhã, quando oficializou seu pedido de demissão do Ministério da Justiça e Segurança Pública. Moro acusou o presidente, entre outras coisas, de tentar interferir politicamente nas investigações da Polícia Federal, além de insistir na troca do diretor-geral, sem motivo aparente. de acordo com Moro, Bolsonaro queria alguém com quem pudesse colher informações e ter acesso a relatórios. Moro alegou ainda que o presidente também buscava informações especiais sobre inquéritos em andamento no Supremo Tribunal Federal (STF), a exemplo das investigações que sobre fake news, que cita o chamado 'gabinete do ódio'. Ao JN, Moro mostrou uma troca de mensagem entre ele e o presidente. Bolsonaro havia enviado a Moro um link de uma mensagem do portal O Antagonista em que evidenciava a investigação da PF em relação a 10 deputados. Após mais mesnagens, Bolsonaro reforça a necessidade da troca do comando. Ao final da conversa, o presidente relembra o encontro que teria com Moro na quinta-feira (24), às 9h. Moro apresentou ainda prints de uma troca de mensagens com a deputada Carla Zambelli, aliada de Bolsonaro na Câmara e que estava ao lado dele no pronunciamento, em que ela promete interceder junto ao presidente pela indicação de Moro para o STF à qual ele respondeu: "Não estou à venda"
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