BOLSONARO CONSEGUE UNIR O CONGRESSO, CONTRA ELE MESMO
Jair Bolsonaro está conseguindo aquilo que nunca imaginou nos dois anos e meio de mandato: unir o Congresso. Contra ele mesmo.
Provocou ira generalizada ao dizer que o país pode não ter eleições no ano que vem. Acirrou ânimos com a manobra coordenada com o ministro da Defesa, Walter Braga Netto, para que os comandantes militares assinassem uma nota crítica ao Senado, onde avança um inquérito parlamentar sobre a má gestão e suspeitas de corrupção nas ações governamentais durante a pandemia.
Pressionados, os presidentes da Câmara, Arthur Lira, e do Senado, Rodrigo Pacheco, resolveram abrir caminho para a tramitação de projetos limitando a atuação de militares da ativa na fronteira política e em órgãos de governo.
Lira já prevê “várias matérias legislativas” no Congresso para “delimitar situações” — da participação política à ocupação de cargos, como foi o caso do general Eduardo Pazuello, ex-ministro da Saúde hoje investigado na CPI da Pandemia, que subiu no palanque de Bolsonaro em recente comício no Rio.
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